Dispus-me a procrastinar. Fato raro. Procrastinei para avaliar os pontos negativos que as pessoas levantaram sobre a série que nomeia o título deste semanário. Obviamente, não é para crianças. Entretanto, implicitamente, há várias mensagens que são condizentes com os nossos comportamentos e a forma como vivemos em sociedade. Identifiquei que nem sempre, numa brincadeira, o “café com leite” é fraco. Nem sempre o mais inteligente da classe será o orgulho da turma. Ele pode sucumbir. Nem sempre um homem bem vestido de terno e gravata é confiável. Melhores amigos podem se tornar o seu pior inimigo. As pessoas são confiáveis e muitas delas podem dar a vida por você. O dinheiro é bom, mas nem sempre é a solução para tudo. Educação financeira é essencial para que as pessoas não entrem em dívidas impagáveis. Não se compra carinho e atenção dos filhos com presentes, mas sim com presença e amor.
Mãe não é eterna. Chega um tempo que suas forças já não são mais as mesmas e os cuidados que ela teve um dia contigo também não serão mais os mesmos. Muito pelo contrário: ela quem precisará de cuidados pelo pouco tempo que lhe resta de uma vida materna. Um homem obcecado em enriquecer usará meios lícitos e ilícitos para conseguir os seus objetivos. É no desespero que a gente percebe quem são os verdadeiros amigos. Um homem forte, mas ingênuo, será engolido facilmente pelo comportamento do homem moderno. Isso pode custar-lhe a vida. O machismo já não tem mais espaço. Quem passa uma vida tentando enriquecer sentirá – na velhice – o amargo de uma vida não vivida quando perceber que não deu tempo de construir lembranças.
Nas dificuldades, é preciso manter a calma. O desespero pode nos levar ao erro e fazer com que as consequências também afetam as pessoas que amamos. Verdades e mentiras sempre terão os seus preços. Familiares podem te apunhalar pelas costas. É somente no leito de morte que reconhecemos todos os erros e todos os acertos. “A vida é como um jogo. Existem muitos jogadores. Se você não jogar com eles, eles vão jogar com você.”