Semana 81

Facebook
WhatsApp

familia

De León, na Guatemala, eu segui viagem rumo a mais uma fronteira, foram 120km até chegar no país de número 12, Honduras, o lugar onde passei menos tempo, porém, com muita hospitalidade. Mas antes de contar o que vivi por lá, quero compartilhar de um aprendizado que esse país me trouxe, em relação à “Cultura do medo”, o que pra mim, tem sido a única coisa triste que encontrei em toda a minha viagem. O medo que nos impede de viver (e não de morrer), está realmente incrustado na sociedade, e é a base de nossa alienação. O medo transmitido diariamente através de jornais não mostra a realidade do nosso planeta, que é muito mais lindo e tranquilo do que dizem. É claro que existem perigos, mas de que adianta viver com medo deles? Vou estar livre se eu viver preso dentro de uma bolha cheia de arames farpados e cercas elétricas? Acho que não. Leve-me o que quiser, minha bicicleta, meu carro, mas deixe-me viver. E se quiser levar meu corpo, leve-o, mas saiba que continuarei vivo, eternamente, talvez aqui, talvez em outro lugar, mas estarei vivo. E essa eternidade da vida é que nos torna livres, nos mostra a infinidade da nossa existência, que a cada dia passa por novas experiências, sejam elas boas ou ruins, mas que sempre nos engrandece e nos faz evoluir. O que eu prefiro (e recomendo), é caminhar, deixando o caminho se adaptar aos meus passos, assistindo a vida como um filme, deixando ela nos mostrar as belezas e tristezas, que sempre terminam com um final feliz.
E por que estou falando tudo isso? Porque desde que entrei na América Central, venho escutando terríveis comentários a respeito de El Salvador, Nicarágua, Guatemala, e principalmente, de Honduras, que recebeu o título de “país mais perigoso da região” graças a uma cidade chamada San Pedro Sula, que foi considerada a “mais perigosa do mundo”, sei lá por quê. Talvez pelo número de mortes, assaltos, não sei, mas de que adianta saber? Pra que esse rótulo? Se não rotulássemos nada, nem a “melhor” nem a “pior” cidade do mundo, talvez o medo e o preconceito pudessem deixar de existir, dando lugar a um mundo mais igualitário, onde o “aqui é melhor que ali” não tenha mais sentido. E o que vi, nos dias em que estive em Honduras, foi um país cheio de sorrisos, pessoas tranquilas e hospitaleiras, que apesar do medo desnecessário, vivem em paz, seja no campo ou na cidade grande.
Mas voltando a história, dias antes de entrar no tão temido país, eu entrei em contato com um amigo chamado Juan Pablo, que estava me esperando desde o começo do ano passado, e o por que eu explico agora:
Quando estive em Buenos Aires, sentado na grama de um dos lindos parques da cidade, vi um bebê com um olho gigantesco, sentado a poucos metros de mim. Peguei a máquina fotográfica, dei um zoom naquela íris imensa e apertei o botão. Com a beleza do modelo, não teria como a foto sair feia, então eu levantei e fui até ele pra mostrar o resultado. Como consequência eu acabei conhecendo seus pais Juan e Paulette, que me contaram que eram de Honduras, e eu contei que eu iria passar por lá, mas que iria demorar um pouco pra chegar. Tudo bem, a internet está ai pra isso: “Quando chegar por lá, nos avise, você fica com a gente”. Pronto, o convite mais adiantado de toda a viagem acaba de surgir. Demorou, mas eu cheguei, e a recepção foi sensacional.

criança

E não só me receberam como também me colocaram dentro de outra casa, a de Frances, irmã de Paulette, que vive com sua família em Choluteca, a primeira cidade em que parei depois que cruzei a fronteira. Família de ciclistas, que sempre recebem viajantes, ou seja, conhecem bem a arte do “receber”. Dormi uma noite com eles e na manhã seguinte, deixei minhas coisas por lá e peguei um ônibus rumo a capital, para encontrar com meus novos antigos amigos.
Me receberam na rodoviária e logo depois, fomos pra casa, pra que eu pudesse reencontrar Adrian, o bebê dos olhos gigantes, causador de todo esse encontro, e que agora, 1 ano e 3 meses depois, já não é mais um bebê, mas sim uma criança com o dobro do tamanho, que não para de falar um segundo sequer. Foi muito bom revê-los e conhecê-los de verdade. Passamos três dias juntos e logo me despedi, colocando mais gente na minha lista de hospitalidade, que como de costume, vem sendo preenchida por pessoas de coração enorme.
É por hoje é isso meu povo. Amo todos vocês! Um abraço, Beto.

Registrando

VISITA

Monte Alto recebeu uma visita especial no último fim de semana. 28 membros de uma colônia japonesa da cidade de

CHEIA DE CHARME

Hoje, 3, é dia de festa na casa da advogada Camila Cavarzere Durigan e do empresário Wanderson Boer. A filha

PREPARANDO

A 143ª Festa em Louvor ao Senhor Bom Jesus, conhecida como a “Festa onde os Amigos se encontram”, começa a

NA SUÍÇA

Pela 2E Ligue, da Suíça – considerada uma das vitrines para os principais times do país –, o F.C Bosna

NA AGRISHOW

Por mais um ano, a FBB, empresa que tem forte participação nos mercados de Fundição e Agrícola, está presente na