Semana 85

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mexico

Depois de 20 meses, 18.300 quilômetros e emoções de todos os tipos, eu finalmente cheguei. No dia 23 de julho de 2014, cruzei a fronteira de Belize com o México, em silêncio, sem choro, sem gritos. Ao contrário do que eu idealizava, eu cheguei quieto, sentindo uma felicidade que se expressou de maneira serena, em forma de alívio, de missão cumprida.
Eu gosto muito de olhar pra trás, lembrar não só do que vivi, mas principalmente do que senti. Cada trecho da viagem tem o seu sentimento, os quais estão muito bem marcados nas minhas lembranças, é como se eu pudesse voltar a sentí-los com o simples ato de pensá-los. E hoje eu aproveito desse diário para fazer um balanço geral e contar um pouco do que senti até aqui. sol
Os primeiros 15 meses de viagem foram de pura alegria. Tudo o que vivi na América do Sul foi simplesmente felicidade e diversão. Os primeiros 6 meses então nem se fala, foi como se eu estivesse voando. Logo cheguei na América Central, e depois de passar pela Nicarágua, as coisas começaram a mudar. Passei a sentir algumas coisas ruins, durante alguns dias. Ansiedades que me tiraram o sono por algumas noites e me deixaram um pouco triste. Sem nenhum motivo, simplesmente pensamentos negativos que dominaram minha cabeça por alguns dias foram suficientes para apagar aquele brilho no olhar que eu levava até então.
Logo a saudade da minha família também começou a apertar. Sempre senti falta de todos, mas sempre foi suportável. Agora, no México, eu venho me controlando muito para viver um dia de cada vez, sem deixar a ansiedade tomar conta dos sentimentos. Confesso que não vejo a hora de começar a pedalar rumo ao sul, me aproximando cada dia mais da minha casa. Isso vai contra algumas coisas que aprendi, sobre “viver o momento”, não ter pressa, manter a calma, coisas desse tipo… mas nem sempre é fácil colocar em prática. Na verdade é mais um grande desafio que eu devo superar para poder melhorar.
Mas no fundo do coração, eu amo esses sentimentos. São eles que colocam tempero em toda essa história e fazem com que a vida ganhe cores novamente. Agora tá sendo difícil, dói um pouco, mas eu sei que quando eu olhar pra trás e lembrar disso tudo, vou sentir uma imensa alegria. Na realidade, acho que não teria tanta graça se a viagem fosse repleta de felicidades. Tem coisa melhor do que vencer uma batalha? Aprender a lidar com os sentimentos, conhecer a escuridão para valorizar a luz, conhecer sentimentos duros para valorizar a paz. É assim que quero levar a vida, ciente de que nem tudo são flores, os momentos duros sempre virão, eles são inevitáveis, tão inevitáveis quanto maravilhosos para nossa evolução.
Este diário está mais curtinho para que vocês, meus caros leitores, possam desfrutar um pouco mais das fotos.
Um beijo enorme e um abraço bem apertado.
Arriba Muchachos!!
Beto.

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