Semana 96

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E depois de tantos dias em San Gil, finalmente comprei minha passagem de volta, antes que eu ficasse pra sempre. Me despedi de todos com uma janta gigante, pra toda a tribo. Panelas e panelas cheias de verduras, preparadas por uma equipe nota 10. Muitos abraços e eu me mandei, de volta pra Bogotá, pra finalmente conseguir ir embora daquele país, onde passei o maior tempo, quase quatro meses, entre ida e volta. Última parada na casa do Andrés, arrumei tudo e segui, rumo ao país que eu mais esperei chegar, o meu.
Mas antes de chegar lá, eu ainda deveria cruzar toda a Venezuela, porém, como eu não estava me sentindo seguro pra pedalar por lá, decidi atravessar o país de ônibus, até chegar na fronteira com Roraima. Além disso, eu tinha data pra voltar pro Brasil, por conta de uma outra visita, que será citada daqui a pouco.
Então eu me mandei rumo a uma maratona de três dias dentro de não sei quantos ônibus, carregando a Princesa encaixotada pra lá e pra cá, além de toda a bagagem, de porta-malas em porta-malas, uma loucura um pouco chata, mas que graças a Deus eu encarei com paciência. Conheci a Venezuela somente pela janelinha, fechada com ar condicionado, não pude nem sentir o cheiro dela. Só respirei os ares das rodoviárias, então, não posso deixar aqui as minhas impressões sobre o país… deixa pra próxima.
E depois dos 3 dias enjaulado no ar condicionado, finalmente pude me libertar, em Santa Helena, já na fronteira com meu amado país. Minha ideia seria subir o tão famoso e lindo Monte Roraima, e só depois cruzar a fronteira. Mas devido a um misterioso desaparecimento de dinheiro da minha carteira, eu deixei a ideia de lado. Confesso que fiquei feliz quando percebi que não iria subir, já que a escalada levaria oito dias, e eu estava completabetão
mente louco pra entrar no Brasil, então, eu nem liguei, acho que o dinheiro sumiu justamente por isso.
Dormi feliz e acordei mais ainda. Coloquei tudo em cima da Princesa (que também ganhou liberdade, depois de mais de dois meses encaixotada) e segui rumo a fronteira mais esperada de toda a viagem. Desde que sai de casa, eu penso muito em dois momentos: o da volta ao Brasil, e o da chegada a minha casa. Confesso que a impressão que sempre tive é de que estes momentos nunca chegariam, mas eles chegam, e a felicidade é indescritível… e assim foi. Quando cruzei a fronteira, mais uma vez tive aquela sensação de olhar pra traz, de reviver dois anos em um minuto, de estar a par com Deus e com os planos que Ele preparou pra mim.
Foram 18 países, caramba. Países que me ensinaram o sentido da vida, o por que de estarmos vivos. Que me ensinaram o que é amar de verdade, o que é valorizar de verdade tudo o que temos, o que é agradecer, o que é na realidade ser feliz… e o que mais quero com toda essa história, a minha real intenção com esse livro, é poder compartilhar tudo isso com vocês, seria egoísmo guardar tudo isso só pra mim. Mas eu não quero contar sobre minha felicidade pra dizer que sou feliz, eu quero dividí-la… só o que quero nessa vida é fazer feliz, e assim serei também.
E foi com esse sentimento que entrei no Brasil, cheio de gratidão. Cruzei a fronteira e fui parar em Pacaraima, logo na entrada do país. Cheguei, sentei num banco de calçada e fiquei apreciando o movimento da cidade. O mais incrível foi estar num lugar onde todos falam português, isso me gerou um sentimento louco, por que eu estava no meu país, e achei estranho ver as pessoas falando minha própria língua. Pra melhorar ainda mais o clima, entrei numa padaria, comprei uma coxinha e um guaraná, depois de dois anos sem vê-los. Continuei por ali, liguei pros meus pais de um orelhão, a cobrar (pra variar) e segui me divertindo com o simples fato de estar em terras tupiniquins. senhor
Fui até a prefeitura pra pedir ajuda e passei a tarde por lá. Ainda achando estranho falar português, comecei a mostrar as fotos da viagem pros funcionários e acabei ficando. Agora que voltei pro Brasil, dei início a uma nova experiência dentro da viagem: Comecei a vender minhas fotos, em forma de cartão postal, na rua, na praça, na feira, e o começo de tudo foi exatamente na prefeitura de Pacaraima. Tem sido maravilhoso expor meu trabalho pras pessoas, principalmente pela integração com as pessoas que isso gera.
Mas enfim… da prefeitura fui levado pra chácara do Edmar e da Nezilda, que sempre recebem os viajantes. Fui muito bem recebido, dormi que nem criança, acordei, agradeci à família e segui rumo a Boa Vista, mas, isso já é assunto para o próximo diário. Os vejo semana que vem. Abraço à todos! Beto.

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