Semana 99

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Em mais um dia duro de pedalada, saímos rumo à Presidente Figueiredo – AM, atravessamos a reserva ecológica firmes e fortes e chegamos do outro lado lá pelas 4h da tarde, onde dormimos num outro restaurante beira de estrada. Acordamos com uma chuva ‘braba’ e provamos para São Pedro que não somos de açúcar. Saímos pedalando de qualquer maneira. Esse dia foi duro. Foram 80 e poucos quilômetros, mas dessa vez, muito desgastantes. Além do sobe e desce, um cansaço acumulado dos últimos dias fizeram a viagem ser mais longa.
Na hora do almoço, pedimos água para uma família e logo nos convidaram para comer, paramos ali e ficamos quase duas horas, o que atrasou a viagem e fez com que chegássemos no nosso destino só de noite. Escureceu e ainda estávamos pedalando, rumo a Presidente Figueiredo, e quando avistamos as luzes da cidade foi uma alegria só.
Demos então um dia de descanso paras pernas. Redes e barracas na beira do rio, roupa lavada, pernas pro alto e muita conversa boa. Alex e Kayo, companhia que deu certo. O Kayo tranquilo, sereno, filósofo da vida e experiente. O Alex fazendo a gente rir o tempo inteiro, bastava abrir a boca. Muitas vezes, no meio da noite, o “cabra” acordava, se impressionava com alguma coisa mas não podia guardar só pra ele, ele tinha que acordar todo mundo pra ver: “Olha lá Beto Ambrósio, olha lá a lua”… “Beto Ambrósio, Kayão, dá uma olhada lá cara, olha que lindo”… E durante o pedal: “Ooo, Beto Ambrósio, conhece a piada do jumento e da formiga?”… que personagem!
E assim passávamos o tempo, entre risadas e risadas, seja dormindo ou pedalando. No último dia, betaocordamos as 3h30 da manhã, tomamos um cafezão na rodoviária e seguimos ainda de noite. Ao contrário daquele dia desgastante, esse foi uma benção. Às 10 da manhã ja havíamos pedalado quase 100km, e quando foi 1h30 da tarde já estavamos em casa, de banho tomado e com comida na mesa, depois de 135km…voamos!!!
E essa casa a que eu me refiro é a casa do Alex, que me recebeu por mais 14 dias. Seriam só sete, mas o poder de multiplicação do tempo é algo incrível, que vem acontecendo assim de maneira impressionante, quando eu vou ver, ja foi. Neste momento estou buscando inspiração pra tentar explicar como funciona a casa do Alex, mas vai ser muito difícil ser fiel a realidade.
Explicar a relação que ele tem com sua esposa Alessandra e com sua filha Luna é uma coisa impossível, tem que ver pra crer. Pessoas que ficaram marcadas no meu coração pela simplicidade, pela loucura tão saudável, pelas brigas de mentira, um “tirando onda” da cara do outro, uma coisa de outro planeta, só risada. A Luna é uma pré-adolescente de 11 anos, mas que já conversa como adulta. A Alessandra, chamada de “Nega” pelo Alex, uma guerreira, de atitude e personalidade forte, que bota ordem na casa e acaba com as palhaçadas do Alex, que por sua vez, curte a vida mansa, tranquila, sem pressa. Enchemos a brasília de tralhas, quatro bicicletas em cima do carro e nos mandamos pro interior, lá pra Novo Airão. No volante, a Nega, enchendo nosso sangue de adrenalina. O Alex é apaixonado por carro, comprou a brasilia, reformou inteira, mas não sabe dirigir, ele só dá as ordens, que quase sempre são contrariadas pela motorista “retada”. No banco de trás, eu e Lunita, de óculos escuros, com as pernas pro alto, curtindo o vento na cara. A chuva veio e o chão da brasilia véia alagou, não tem problema, “vão bora”.
Cinco horas de viagem até o nosso destino. Uma casinha de madeira que estava vazia, simples de tudo, no meio da virgem floresta amazônica. Peixe na fogueira e caminhadas pelo mato para tomar banho de igarapé, isso resume as 24 horas em que estivemos por lá.
E por hoje, eu encerro este diário com um sábio provérbio de Amyr Klink. Um abraço forte à todos vocês. Beto.
“Um homem precisa viajar, por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros e tevês, precisa viajar, por si, com os olhos e pés, para entender o que é seu”.

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