Tirem seus filhos da bolha

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Nós somos espelhos. Não há como negar que uma criança educada ou malcriada é reflexo da educação que ela adquire em casa. Como professor, eu preciso ter este olhar sobre o meu aluno. Não posso condená-lo sem saber o perfil da família na qual ele convive. Esta família a que me refiro não se trata de pai e mãe. Família e amor são vínculos. Eu preciso refletir quais são os vínculos que o meu discente convive diariamente para que eu possa tomar medidas em relação à forma como ele se comporta. É preciso ter um olhar muito além da sala de aula.

Neste conturbado século XXI, é nítida a forma de como os pais ( ou vínculos familiares) estão educando os seus filhos. É preciso fazer sempre o seguinte questionamento: Que tipo de indivíduo estamos criando para a sociedade? Estamos educando um indivíduo para as dificuldades que a vida nos apresenta ou estamos optando em deixá-lo preso a uma bolha protetiva? O que presencio, como professor, são alunos presos a bolhas nos quais não conseguem lidar com as frustrações de uma nota baixa, de uma bronca e que não reconhecem que o mundo não gira ao redor deles. Há um ego tão grande em alguns que às vezes sinto pena. Sinceramente, não os culpo.

Não posso apontá-los como os responsáveis de suas próprias tragédias. Crianças que crescem em bolhas sofrem na adolescência. Creio que esta seja a grande responsável pela gama de uma geração de jovens ansiosos. A vida é cheia de espinhos e farpas. Primeiramente, com as farpas, ela desperta a dor física; em seguida, com os espinhos, ela fere a alma e o coração. Se não prepararmos os nossos filhos para os espinhos da vida, eles terão feridas que nunca serão fechadas, porque não sabem como se curar.

Por isso que não basta apenas o trabalho pedagógico. Eu preciso olhar muito além da nota baixa, do mau desempenho e do mau comportamento. Eu preciso tirar o meu aluno da bolha, mesmo que não seja a minha responsabilidade, para mostrar que o mundo não é o que criaram para ele. O mundo fora da bolha é paradoxal: é belo e cruel ao mesmo tempo. Contemplar o belo é fácil; lidar com o cruel que é difícil.

Não sou pessimista, mas sim, realista. Não quero que os meus alunos façam parte da sociedade dos inúteis apontada pelos sociólogos. Quero indivíduos que pensam, que questionam e que lutam por uma mundo melhor. Quero furar a bolha com giz, com palavras e muita paciência.

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