A busca humana por paz e felicidade é eterna e, no desenrolar da história, se deu e se dá de formas diferentes para cada época, para cada povo, para cada crença e para cada um de nós.
A neurociência – área que estuda o desenvolvimento e funcionamento do cérebro – aponta, através de pesquisas e estudos, algumas atitudes fundamentais em nosso cotidiano que colaboram para melhorar e manter nossa qualidade de vida.
Em primeiro lugar, devemos ouvir e dar atenção às nossas emoções. O que nós sentimos é resultado da capacidade de nosso cérebro de modificar a si mesmo e ao corpo em resposta às situações que vivemos. Respeitar nossos sentimentos, saber tanto rir quanto chorar e administrar o estresse que nos acompanha – praticamente todos os dias – são desafios que nos levam a uma melhor qualidade de vida.
Através destas experiências emocionais, ficamos mais preparados para vivenciar diferentes situações, já que as emoções gravadas por nosso cérebro representam nossa primeira impressão sobre determinado assunto e é a partir desta primeira impressão que irá se direcionar nosso comportamento.
Ter prazer também é outra fonte de felicidade. A procura por atividades prazerosas é uma busca individual e pode ir de pequenos prazeres, como ler um bom livro ou escutar boa música, até a realização de grandes projetos. Praticar atividades prazerosas, inserindo-as no nosso cotidiano, produz alegria e atitudes positivas.
Fazer exercícios físicos e dormir bem também são importantes mecanismos de regulagem de nosso humor e essenciais para nossa saúde física e para nossa saúde mental.
E, muito importante: ter uma postura otimista diante da vida! Isto nos ajuda a lidar melhor com as situações difíceis ou negativas e é capaz de melhorar até mesmo nosso sistema imune.
Cultivar relacionamentos saudáveis é essencial para o desenvolvimento emocional: relacionamentos familiares, relacionamentos profissionais, afetivos e amizades.
Saber que podemos contar com as algumas pessoas, sentir-se seguro por ter pessoas queridas por perto, aumenta nossa sensação de bem-estar e leva à formação de vínculos afetivos e sociais que, por sua vez, aumentam nossa confiança e reduzem nosso nível de estresse e ansiedade, nossas inseguranças e fobias.
Quando bebês, os cuidados de nossa mãe (ou de nosso primeiro cuidador), sua presença e sua proteção, ensinam ao nosso cérebro o que é o afeto e que esta é uma resposta saudável aos nossos medos e necessidades. Desta primeira “lição”, adquirimos conhecimento para nossos posteriores vínculos afetivos.
Enfim, concluindo, o equilíbrio emocional e a qualidade de nossa saúde emocional, são baseados em uma vida cotidiana saudável regada por bons hábitos, momentos de lazer, equilíbrio nas situações de dificuldades e estresse e em relacionamentos saudáveis. A ausência de carinho e a solidão e os relacionamentos ruins, tóxicos e abusivos, tanto quanto os males físicos, também fazem adoecer e comprometem nossa busca pela felicidade e bem-estar.
