Uma onda de frio que chegou ao Brasil, especialmente na última semana de julho, trouxe uma ameaça aos agricultores: as geadas, fenômeno capaz de provocar prejuízos em plantações diversas.
Em Monte Alto, três episódios deste fenômeno foram registrados. Muitas perdas foram causadas aos agricultores, cujos reflexos poderão ser sentidos daqui alguns meses, também pelos consumidores.
O Imparcial conversou com o presidente do Sindicato Rural de Monte Alto, Aparício Garbin, que falou sobre os impactos das geadas em nossas plantações. Segundo ele, cerca de 30 a 40% das lavouras montealtenses foram perdidas devido às geadas, principalmente as de cana-de-açúcar, manga, limão, goiaba e algumas verduras – como abobrinha e jiló.
As consequências devem ser sentidas pelos próximos meses. Alguns produtores de tomate, jiló e berinjela, por exemplo, chegaram a perder 90% destas culturas e terão que iniciar um novo plantio. Além disso, para as culturas de manga, serão mais seis meses de produtividade muito baixa.
O preço do produto, para os consumidores, deve subir, mas não exageradamente. Isto porque, apesar das perdas em Monte Alto, outras regiões que produzem as mesmas culturas abastecem nossa região.
A cebola, produto de vasta cultura em Monte Alto, não foi impactada pela geada em si. O único fator que atrapalhou esta plantação foi o tempo seco – presente desde o começo do ano. O baixo preço da cebola é devido à grande oferta das regiões.
Para agosto, mais frentes frias estão previstas, mas por enquanto sem previsão de geada. A dica de Aparício é que os produtores esperem mais um pouco antes de iniciar uma nova cultura – para prevenir mais perdas;.
Ele ressalta que Sindicato Rural está à disposição, sempre de portas abertas, a todos os agricultores, e pede cautela nas tomadas de decisões nos próximos 40 dias.
