Bem-estar ao próximo: Monte Alto e sua tradição solidária

Empresário Roberval de Oliveira é dos expoentes nestas ações no munícipio
Aqui, junto à representantes do Hospital do Amor após arrecadação de toalhas

 

Monte Alto é terra de um povo solidário e isso não há de se negar. É só dar uma passada pelas redes sociais que se vê várias campanhas/eventos de arrecadação de fundos para diversas entidades, para pessoas doentes, para tratamento de animais, para os menos favorecidos, dentre tantas outras necessidades. Quando se pensa em trabalho voluntário em prol de entidades e dos menos favorecidos, muitos nomes nos vem à mente, entre eles, do empresário Roberval de Oliveira, sócio proprietário da tradicional Foto Central e membro do Terço dos Homens ‘Nossa Senhora das Graças’ com quem O Imparcial conversou e, nesta entrevista exclusiva, ele falou não como o empresário de sucesso, mas, sim, como o voluntário Roberval. Acompanhe!

Jornal O Imparcial: Como e por que iniciou esse trabalho?
Roberval de Oliveira: Antes de tudo, quero agradecer a vocês por esta reportagem/entrevista, o que me deixou muito feliz, mas, principalmente, porque posso agradecer a tudo e a todos que fazem parte de minha vida e que confiam neste trabalho, senão nada poderia ser feito, porque sozinho ninguém consegue nada, precisamos muito das pessoas e dos companheiros que acreditam na necessidade urgente do trabalho solidário porque quem tem fome ou precisa de tratamento não pode esperar.
Iniciei este trabalho em 2010 com a primeira festa de Nossa Senhora de Fátima em frente ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima que até então fazia parte da Paróquia do Senhor Bom Jesus. Como tudo tem o seu princípio, e eu defino este princípio como um chamado, quando estava em uma missa aqui na Matriz do Senhor Bom Jesus de Monte Alto, era exatamente um domingo, dia 12 de Julho de 2009, quando no final da missa foram passados os avisos, o padre anunciou que no dia seguinte, 13 de julho, iria começar o ‘Terço dos Homens’ aqui em Monte Alto, no Santuário; este aviso me deixou muito inquieto, fui, participei, e aquilo (o ‘Terço’) mudou totalmente o rumo de minha vida. Na época estava vivendo uma angústia muito grande, quando descobrimos, já em 2009, que minha filha estava com câncer, que segundo os médicos, era incurável. Comecei a pedir para que Deus me desse uma oportunidade de salvá-la, e que eu me dedicaria em ações sociais, mas que fosse feita a sua vontade, porque sei que não era a troca que iria salvar minha filha, mas sim a minha fé e a misericórdia de Deus.

Roberval recebendo doações de crianças para as campanhas que coordena

Jornal O Imparcial: Como você define o seu trabalho social em Monte Alto?
Roberval de Oliveira: Acredito que hoje este trabalho é bem visto pela população montealtense, porque toda nossa equipe é de inteira confiança e responsabilidade, e todos são empenhados porque se sentem muito felizes em poder ajudar.

Jornal O Imparcial: Quantas vidas você acha que já mudou com suas ações?
Roberval de Oliveira: Espero que muitas, de várias formas, porque as pessoas que trabalham nestas ações só tem a ganhar, elas acabam se tornando mais felizes, mais úteis, recebem paz no coração; e as pessoas que recebem os benefícios destas ações também são muitas, são pacientes que naquele momento de suas vidas estão precisando de acolhimento, atenção, e principalmente paz.

Jornal O Imparcial: Quais as pessoas e/ou grupos que estão ao seu lado?
Roberval de Oliveira: Obrigado por perguntar, porque preciso pontuar neste momento, que tudo o que acontece é exclusivamente por isso; são muitos colaboradores que não medem esforços, nem tempo, nem hora, nem dia para que todas as ações aconteçam. Além do Grupo Elo, Movimento do Bem, Terço dos Homens Nossa Senhora das Graças, Paróquia Senhor Bom Jesus, temos muitas pessoas que não fazem parte de movimento nenhum, que seria impossível citar nomes porque iria esquecer de alguém, mas que estão sempre conosco quando pedimos.

Jornal O Imparcial: Como é a sua ligação com o Hospital do Amor?
Roberval de Oliveira: Sou coordenador do Hospital, juntamente com o Mi e a Adege; minha função é arrecadar fundos, alimentos, produtos que fazem parte do dia a dia dos pacientes daquele hospital. Lá temos 517 pacientes de Monte Alto que se tratam e não pagam absolutamente nada por isso.

Jornal O Imparcial: Tem outra instituição que você ajuda?
Roberval de Oliveira: Sim! Também sou coordenador da Casa Acolhedora Vovô Antônio que também tem sede em Barretos; ali, são acolhidas crianças de todas as cidades dos estados do Brasil, inclusive de Monte Alto, e recebem alojamento, comida, carinho e principalmente calor humano.

Junto à esposa Cláudia, recebendo doação de toalha para o Hospital

Jornal O Imparcial: Como conciliar o tempo com os seus afazeres como empresário e pai de família?
Roberval de Oliveira: Minha família é maravilhosa, minhas filhas hoje estão estudando fora de Monte Alto, minha esposa me acompanha em todas as ações e, juntos, achamos que chegou a hora, até passou da hora pra falar a verdade, de darmos um pouco de contribuição por tudo que recebemos de Deus em nossas vidas, principalmente da minha filha que foi abençoada e recebeu a cura daquilo que era incurável.

Jornal O Imparcial: Como você define o povo montealtense no âmbito na solidariedade?
Roberval de Oliveira: Não conheço os trabalhos sociais de outras cidades, mas vou repetir o que eu sempre ouço nas reuniões em Barretos: “Sempre que precisamos de algo urgente, pedimos para Monte Alto, porque sei que lá a resposta é imediata (exemplo: quando levamos os travesseiros, as mantas e agora as toalhas que estavam com necessidade urgente) e principalmente pelo sucesso das Festas que todos os anos sempre superam o valor de R$ 150 mil”, destaca o Senhor Zardini, diretor do Hospital; “Depois que Monte Alto entrou na vida das nossas crianças, nunca mais faltou alimento, conforto e principalmente calor humano para elas (ali, fizemos a brinquedoteca, equipamos a cozinha industrial, construímos os apartamentos e, agora, ajudamos na compra do terreno de 4.000 metros e construção de mais nove apartamentos já pagos)”, ressaltou a Dona Sirlene, responsável pela Casa Vovô Antônio.

Jornal O Imparcial: Quais suas considerações finais?
Roberval de Oliveira: Agradeço imensamente a nossa população que está sempre ajudando, seja nos bazares, nas festas, nas campanhas, e principalmente o amor que todos trazem no coração, pois isto é o que move a todos nós para continuarmos fazendo este trabalho, que não é para nós, mas para muitos pacientes (adultos e crianças) que precisam desta ajuda para
continuar suas vidas.

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