O último dia 17 de janeiro marcou a tão temida Blue Monday, principalmente para as pessoas que acreditam em astrologia e psicologia. O dia mais triste/depressivo/’blue’ do ano acontece sempre na terceira segunda-feira de janeiro — este ano, calhando no dia 17 —, na qual são registados níveis mais altos de depressão e de uma tristeza profunda, mais acentuada do que o normal.
Mas por que tudo isso? Como esse fenômeno impacta o nosso estado de espírito? O principal estudo sobre a “Blue Monday” foi feito na Grã-Bretanha, no início dos anos 2000, pelo psicólogo Cliff Arnall, da Universidade de Cardiff.
O pesquisador criou uma série de fórmulas para calcular qual seria o “dia mais triste do ano”. Foram utilizados critérios como o fim das festas de Natal e Ano Novo, a chegada dos boletos com as contas do período, o tempo que leva para as próximas férias dos trabalhadores, e os dias curtos com temperaturas baixas do inverno no hemisfério norte, por exemplo. Além disso, o planejamento animado do final do ano está longe de acontecer.
O outro possível aspecto relacional à data está inserido na Astrologia. No último dia 17, os astrólogos ressaltaram que a Lua Cheia coincidiu no signo de câncer, considerado um dos mais associados à melancolia e ao drama. Há quem diga, no entanto, que o estudo e as estipulações da data sejam ligados às intenções comerciais, já que o poder de compra estabelece um gatilho de reacender algo que está até então, apagado.
A Blue Monday é considerada, portanto, um golpe de relações públicas, mas o transtorno efetivo sazonal é uma doença real que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.