Filho de ex-vereador e ex-prefeito, João Paulo Rodrigues, de 63 anos de idade, de forte ligação junto à área rural, busca permanecer mais quatro anos frente ao Executivo montealtense; antes, foi vice, no segundo mandato da então prefeita Silvia Meira, além de também ter passado pela Câmara Municipal. Confira, na entrevista abaixo, a resposta para alguns questionamentos feitos ao candidato, como a escolha de seu vice, qual a mudança mais urgente no município, dentre outros.
Jornal O Imparcial: Por que você optou por concorrer ao Executivo?
João Paulo Rodrigues: Pelos mesmos motivos que me fizeram ingressar na carreira política e a concorrer aos cargos anteriores, no Legislativo e no Executivo: vontade de retribuir ao município o que me proporcionou, de colocar em prática os ensinamentos do meu saudoso pai, preparar uma Monte Alto que dê oportunidades à juventude e acolha a população idosa, presença que cresce a cada ano.
Jornal O Imparcial: Como foi o processo de escolha de seu vice e dos partidos para compor a coligação?
João Paulo Rodrigues: Como disse no dia de nossa convenção, eu tive o prazer da escolha. Estávamos entre três nomes íntegros, pessoas com um trabalho em andamento e sem manchas políticas ou pessoais: os vereadores João Picolo e Prof. Thiago Cetroni, do nosso Democratas (DEM) e a vereadora Dra. Maria do Carmo Irochi Coelho, do Partido Liberal (PL). A escolha seguiu de forma natural e culminou no nome do João Picolo para nos acompanhar neste pleito. Ele tem uma história de muito trabalho e valores que se aproximam muito dos meus, somos amigos não somente neste momento de eleições municipais. Logo, este processo de escolha foi muito tranquilo e transparente, apoiado inclusive pelo PL, que em momento algum exigiu a nomeação de um dos seus filiados. Iniciamos uma aliança sem negociações ou promessas de cargos.
Jornal O Imparcial: Como você vê a cidade de Monte Alto hoje em dia? Qual a necessidade de mudança mais urgente no município?
João Paulo Rodrigues: Vejo uma Monte Alto que se prepara para um futuro muito promissor e, por isso, fiz questão de colocar esta citação em meu slogan de governo, no início de 2017. Por isso também, tenho certeza que não é momento de mudanças drásticas. Superamos um período difícil da economia nacional, com uma cidade que mais contratou do que demitiu, segundo dados do CAGED em julho de 2019. Enfrentamos uma pandemia inédita, sem previsão de término, e ainda assim investimos de maneira responsável, entrando na lista dos sete municípios, entre os 645 paulistas, sem apontamentos do Tribunal de Contas. Encerramos problemas históricos de Monte Alto, como as erosões e o antigo e irregular “Lixão”.
Mudar por simplesmente mudar, este discurso raso, pode ser uma armadilha. Foram três gestões municipais, 12 anos ao todo e começando pela ex-prefeita Silvia Meira, para que nossas contas estivessem em ordem. Qual o resultado de uma administração que se aventure sem propósitos, sem embasamento e rigor?
Jornal O Imparcial: Em caso de vitória, qual a sua primeira ação/ato/projeto que pretende realizar em janeiro de 2021?
João Paulo Rodrigues: Terminar todas as obras iniciadas nesta administração e lutar por muitas outras, já que a burocracia faz com que os resultados surjam após tantos anos de projetos, viagens e documentos. Hoje o “canteiro de obras”, que alguns insistem em comentar, é fruto de um trabalho iniciado em 2017. Por exemplo, terminamos recentemente recapes pedidos e licitados em 2018. É muito tempo de análise e liberação! Mas os resultados apareceram, a população vê isso e pode acessar todas as documentações de forma on-line. Não somente nós que falamos, estes resultados são mostrados por instituições, por exemplo: um município que está entre os 30 mais sustentáveis ambientalmente do estado, quinto município mais seguro de São Paulo e entre os sete municípios com as contas em ordem. Estamos falando de uma amostragem de 645 municípios, com os mesmos problemas, mesma pandemia, mesmas incertezas. Eu encontrei um caminho para preparar a cidade pro futuro e comprovo isso com os dados.
Jornal O Imparcial: Você já definiu nomes de pessoas que irão compor o seu governo em caso de vitória? Pode citar alguns?
João Paulo Rodrigues: Ainda não temos nomes certos, ninguém está seguro na função que exerce e analisarei resultados. Meu diálogo e convites a comissionados, em 2016, se iniciou em novembro, após as eleições. Manterei a postura porque a Prefeitura não é minha empresa ou residência. Eu preciso pensar no melhor para um grupo de 50 mil pessoas.
A partir de janeiro, com uma nova equipe, novos parceiros, será preciso afinar o diálogo, oxigenar o Poder Executivo com novas ideias, alcançáveis e seguras, mas que farão a diferença na saúde, educação, obras, infraestrutura e tudo que envolva a prestação de serviços à comunidade.
Jornal O Imparcial: Por que os montealtenses devem votar em você?
João Paulo Rodrigues: Pelos mesmos motivos que me confiaram o cargo de vereador, depois o cargo de vice-prefeito e, hoje, de prefeito: honestidade, real propósito em fazer o melhor trabalho sem comprometer o orçamento municipal e a vida das famílias montealtenses. Ainda há quem diga que honestidade não é qualidade, é obrigação. Mas onde estavam há vários anos atrás, quando os cofres municipais sofreram com a irresponsabilidade? Como afirmar isso em um momento em que a população acorda e dorme com o noticiário de investigações, mandados de prisão e roubos milionários, por todo Brasil?
Hoje Monte Alto dorme tranquila, porque sabe que quem está à sua frente é, acima de tudo, honesto, e não aceitaria o contrário. E lealdade só se dá para quem merece, quem trilha um mesmo caminho, com mesmos valores que os nossos.
Eu não governo por sonho pessoal, este realizei ao entrar na política, algo que meu pai aguardava. Hoje, é por reconhecer todo o esforço necessário para manter a Prefeitura organizada, e não ter interesse de entregá-la a quem não entenda toda responsabilidade e não esteja devidamente preparado(a) para a função de prefeito(a).
Jornal O Imparcial: Suas considerações finais.
João Paulo Rodrigues: Agradeço mais uma vez a confiança dos montealtenses, o tempo dispensado em ouvir o que os candidatos tem a falar e o esforço feito para votar, decidir o futuro de nosso município.
A pandemia nos trouxe centenas de incertezas, questionamentos se era o momento apropriado para uma eleição. Com a decisão federal tomada, cabe a nós entendermos nossa responsabilidade. É preciso exercer o direito à escolha eleitoral e seu voto será muito importante para os rumos do município, para que estejamos representados por pessoas que demonstrem seriedade com os recursos públicos e respeito com as pessoas.
Por fim, agradeço ao Jornal O Imparcial por dar voz a todos os candidatos ao Executivo e pelo espaço cedido, explicando os meus motivos para defender que Monte Alto continue em mãos corretas.