Brincadeira feita incorretamente pode causar uma série de
Com a chegada dos meses com predominância dos ventos e as férias estudantis, aumenta a preocupação com uma simples brincadeira infantil. É nessa época do ano, que empinar pipas, uma brincadeira antiga e aparentemente inocente, coloca em alerta a distribuidora de energia elétrica CPFL Paulista, pais e responsáveis. Segundo informações da empresa, no município de Ribeirão Preto foram 79 ocorrências, com desligamentos, desde o começo de 2014, devido à pratica incorreta da brincadeira.
“O número de casos de desligamentos provocados não deixa dúvidas. Linhas e parte dos brinquedos enroscados nos fios provocam curtos-circuitos, desligamentos de redes de distribuição e acidentes com choques elétricos, podendo em alguns casos mais graves culminar em morte. Há também muitos acidentes envolvendo usuários de motocicletas e bicicletas, atingidos na altura do pescoço por linhas de pipas, e raramente consegue-se identificar os responsáveis”, destaca Ivênio de Souza, Gerente de Serviços de Rede da CPFL Paulista.
Segundo o profissional, é necessária a conscientização das crianças e adoção de medidas preventivas por parte das autoridades, para que a brincadeira não termine de forma trágica. “É importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques, preferencialmente áreas planas, fugindo do entorno de rodovias ou das avenidas de intenso movimento, evitando atropelamentos. Outra preocupação é em relação ao papel utilizado, pois o papel alumínio, ou mesmo papel laminado, são condutores elétricos, facilitando a ocorrência de curtos-circuitos. A tentativa de resgatar a pipa da fiação elétrica pode provocar desligamentos no fornecimento de eletricidade e causar acidentes com vítimas. Não é indicado soltar pipas quando estiver chovendo ou com relâmpagos, pois elas funcionam como para-raios, conduzindo energia. Também é perigoso brincar em lajes, porque qualquer distração pode causar uma queda”.
MONTE ALTO – Na cidade, é responsabilidade da Polícia Militar e Guarda Civil, o acompanhamento e prevenção do uso de pipas com cerol. “Os guardas tem uma normativa de que devem fazer abordagem em toda pipa que estiver no ar. Caso alguma esteja com cerol, ela é apreendida e, posteriormente, incinerada. Na sequência, chamamos os pais e/ou responsáveis para uma reunião de orientação”, afirma o Comandante da Guarda Civil, Gilberto Luiz Goulart. A ação é realizada tendo como base a Lei Estadual nº 12.196, de 6 de janeiro de 2006, que dispõe sobre a “proibição do uso de cerol ou de qualquer produto semelhante que possa ser aplicado em pipas”, e a Lei Municipal nº 2.159, de 12 de novembro de 2001, que também aborda o mesmo assunto. A multa por desobediência a lei chega à R$ 20,00.
