Dia do Paleontólogo: conheça o profissional que estuda a vida na Terra

A paleontóloga Sandra Tavares deu mais detalhes ao Imparcial sobre essa profissão fascinante
Paleontóloga Sandra Tavares durante trabalho minucioso em fóssil encontrado

Na última terça-feira, 7 de março, foi comemorado o Dia do Paleontólogo, profissão que se dedica a entender um pouco mais sobre as constantes transformações da vida na Terra e o mundo como é hoje. A data é a mesma da fundação da Sociedade Brasileira de Paleontologia, ocorrida no ano de 1958. O dia 15 de junho, estabelecido pelo governo de São Paulo como Dia do Paleontólogo, não é reconhecido pelos profissionais.

Em Monte Alto, há um rico acervo de fósseis – restos de animais e vegetais que ficaram preservados nas rochas. Por isso, muitos paleontólogos e paleontólogas atuam na cidade buscando desvendar as mudanças do planeta ao longo do tempo.

No dia a dia, esses curiosos cientistas trabalham com pesquisa, mapeamentos, escavações, identificação, catalogação e exposição dos fósseis e de outros registros naturais, como ossos, dentes, ovos, folhas, troncos e pegadas preservadas em rochas ao longo dos anos.

Isso significa que, além da pesquisa de campo, esses profissionais também dedicam muito tempo aos estudos e entendimento sobre a evolução da vida, os processos de extinção e a idade das rochas, por exemplo.

Uma dessas profissionais é a paleontóloga Sandra Tavares, coordenadora do Museu de Paleontologia de Monte Alto, que nos contou que sua trajetória acadêmica durou mais de uma década: “Cursei cinco anos de Ciências Biológicas e seis anos em Geociências, incluindo Mestrado e Doutorado. É na pós-graduação em Geociências que estão inseridas as linhas de pesquisas paleontológicas. O meu Mestrado e Doutorado foram realizados na Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, e até hoje busco especializações.”

Ela também explica que, no Brasil, não existe uma graduação específica de paleontologia. Por isso, cursos de graduação em áreas que estudam Ciências da Natureza, como Biologia e Geologia, permitem ao profissional uma formação básica para atuar na área, mas é preciso aprofundar os conhecimentos através de Pós-Graduação. Somente após esse percurso é que o profissional torna-se habilitado para atuar como Paleontólogo.

Esse campo de pesquisa também tem importância econômica, já que muitos pesquisadores se dedicam à descoberta de reservas de combustíveis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral, trazendo muitas riquezas ao país. Além disso, a criação de museus de História Natural colabora muito no desenvolvimento do turismo local, como acontece em Monte Alto, que recebe anualmente milhares de visitantes de todos os lugares do mundo.

A paleontóloga Sandra Tavares ressalta que as pesquisas paleontológicas não se restringem aos dinossauros. “Aqui em Monte Alto, por exemplo, foram encontrados fósseis de dinossauros, crocodilos, tartarugas, rãs, cobras, moluscos bivalves que viveram há mais de 83 milhões de anos”, explica.

Um dos estudos mais recentes realizados com fósseis no nosso museu foi desenvolvido pelos paleontólogos montealtenses Thiago Schneider Fachini e Fabiano Vidoi Iori e envolveu a descoberta de um novo crocodilo aquático, que viveu na mesma época em que os dinossauros e recebeu o nome de Titanochampsa iorii.

Em nossa cidade, recebemos muitos pesquisadores de Universidades renomadas, nacionais e internacionais, e além de contarmos com uma Paleontóloga à frente dos museus, há diversos colaboradores que não possuem nenhuma formação acadêmica, mas são apaixonados pela Paleontologia, como o Auxiliar de Escavações, Cledinei Aparecido Francisco, e o saudoso Prof. Antônio Celso de Arruda Campos, seu Toninho, fundador do Museu e que hoje dá nome a ele.

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