
Com a realização de um trabalho voluntário e independente, o grupo “Protetores de Monte” está ativo em Monte Alto há 10 anos. Sem nenhuma ajuda de verba pública, no início de forma independente, o grupo sempre arrecadou fundos para cuidar dos animais em situações de abandono, maus tratos e vulnerabilidade.
Entretanto, há cerca de um ano, a realidade se tornou um pouco diferente: com o objetivo de fazer mais pelos animais, o grupo se juntou para encontrar respaldo jurídico e oficializar a profissionalização do trabalho. “Encontramos muita dificuldade, mas hoje somos uma ONG, oficializada como “Protetores de Monte”, com 14 membros voluntários que compõem o Estatuto”, contou o membro e advogado responsável pelo processo de profissionalização, Jefferson Dolci.
“E em decorrência de todos os fatores elencados anteriormente visando atingir maiores objetivos orientamos que todas as ONGs informais, busquem orientação para que possam ser registradas legalmente em cartório, ter CNPJ e inscrição estadual”, complementa ele.
Uma ONG faz parte do Terceiro Setor da sociedade. Ou seja: são instituições privadas, sem fins lucrativos, que têm a finalidade de complementar os serviços de ordem pública. A principal característica de uma ONG é que ela é mantida financeiramente por doações vindas de pessoas físicas, empresas privadas, fundações e, em alguns casos, do próprio governo, por meio de repasse de impostos.
As participantes do grupo, Carla Bruno e Carla Leva contam como funciona o processo do próprio trabalho do grupo: “se uma pessoa visualiza uma situação de maus-tratos, seja por abandono, negligência ou agressão, pode nos acionar normalmente por WhatsApp, fazendo a denúncia. Dessa forma, nós nos reunimos e vamos averiguar o que está acontecendo”.
Ao profissionalizar a ONG, o grupo passa a ser uma pessoa jurídica, sendo capaz de realizar uma gestão ainda melhor, agindo com ética e transparência em todas as decisões. Nesse sentido, é fundamental garantir que todos os processos de tomadas de decisão passem pela aprovação da diretoria e do conselho fiscal.
O princípio básico de uma boa gestão, especialmente quando se trata de uma organização sem fins lucrativos, é manter a transparência das informações. Por isso, manter atualizado o Relatório Institucional da organização anualmente é uma boa forma de prestar contas aos doadores.