Governo “Uma Cidade Para Todos” comenta seus primeiros 100 dias

Prefeita e vice-prefeito fazem análise do importante período e comentam dificuldades e vitórias

O governo da prefeita Maria Helena Rettondini e do vice-prefeito Dr. Joaquim de Oliveira completou seus primeiros 100 dias, período expressivo quando se trata de um novo governo, seja no âmbito federal, estadual e municipal.

Além de serem dias marcados pelo caráter transacional, a boa governança é fundamental para o desenvolvimento de um bom mandato ao longo dos quatro anos para os quais foram eleitos; período em que os governantes ‘preparam o campo’, ao passo que a população aguarda uma gestão realista, fundamentada e eficiente.

Como em governos anteriores, o jornal O Imparcial preparou algumas perguntas para a dupla Maria Helena e Dr. Joaquim, num balanço destes 100 dias tão importantes, especialmente diante da realidade que estamos vivendo.

Como está o andamento da gestão atualmente? Vocês conseguem definir os maiores desafios e as maiores vitórias destes pouco mais de três meses?
Maria Helena: A gestão começou reorganizando-se internamente. Não é fácil começar com um “time” renovado; não são somente novos nomes que vieram compor conosco, mas, sobretudo, é implantar novas formas de se trabalhar e corrigir distorções internas que acabam surgindo, após um período relativamente grande, dentro de uma máquina pública, com o mesmo grupo anterior.
O grande desafio, sem dúvida, é fazer transcorrer os trabalhos perante à pandemia. Limitações de contratos e uso de recursos, bem como a urgência de reestruturação de alguns setores – como o de Serviços – que tinha 3 roçadeiras funcionando, de 12; compramos mais 7 e pusemos, pelo menos, mais 70 pessoas trabalhando – são enormes desafios. Dos mais de 500 pontos mapeados para limpezas, roçagens e reparos, cerca de 390 foram atendidos. Ainda falta, sim, mas não paramos.
Vale lembrar que no Programa de Apoio ao Desempregado, o PAD, a Prefeitura possui, hoje, 136 trabalhadores.
Além da limpeza urbana, caminhar nesse limiar entre a saúde pública e a economia (visto que é uma equação sem solução conhecida) é exercício diário; cansativo, extenuante.
Investimos na Saúde, garantindo mais leitos emergenciais (com intubação; hoje são 5, mais um na enfermaria de permanência), novas UTIs e mais 10 leitos de enfermaria de permanência (disponíveis no Salão do Asilo); estamos encaminhando processo para contratação de mais profissionais para o setor, visto que nossa equipe está acima do limite há tempos.
E, claro, foco na humanização do atendimento. Hoje, para além de estrutura sem igual na região, um usuário do PS tem uma atenção diferenciada, por exemplo. Claro, ainda há reclamações, mas são pontuais e muito menores do que nos últimos anos. E temos, agora, dois coordenadores cuidando da rotina do Pronto-Socorro.
A Lei 173 é bastante limitativa; nesse sentido, sem poder realizar chamamentos de concursos (para novas vagas diga-se), temos setores mais limitados, de guardas a médicos especialistas, tão importantes para o município.
Na Educação, seguimos o caminho correto; primeiro, garantindo a saúde e segurança dos nossos trabalhadores; depois, garantindo o direito à refeição que o discente faria na escola até maio, de forma ampla e atingindo 3.202 alunos, dos cerca de 5.000 que temos (cerca de 65% solicitou a dieta alimentar).

Quais os próximos passos de acordo com o planejamento de gestão? Há alguma previsão além dos projetos que já estão em funcionamento no município?
Maria Helena: Cada área tem seus desafios. Na Educação, após o diálogo amplo sobre a volta às aulas, e entrega das dietas alimentares, temos, no processo de formação dos professores, por exemplo, via HTPC on-line, a inserção da Educação Ambiental, que será conteúdo também para os alunos quando das aulas híbridas ou presenciais.
Na Saúde, já está em funcionamento, em algumas unidades, o prontuário eletrônico. Com ele, além de agilizar os atendimentos, podemos, assim que funcionar para toda rede, descentralizar medicamentos, bem como ter mais dados para comprar esses medicamentos de forma mais eficiente.
Descentralizar é essencial. Cultura e Esportes estão esperando o momento para estarem em espaços públicos de bairros, nas escolas, de forma diferenciada.
Da mesma forma que iniciamos reaproximação com associações de moradores. Diálogos para reestruturar a associação do Paulista II, por exemplo; alinhamento de ações com o Bela Vista do Mirante; e por aí vai – claro que esperando dias melhores, em que possamos estar juntos, presencialmente. Aí vamos partir para os locais!
Turismo e Meio Ambiente também caminham juntos em algumas ações. Já estão em andamento algumas regularizações de áreas particulares em reservas naturais; assim, os proprietários terão subsídios para que essas áreas sirvam de local de aprendizado e de visitação, fortalecendo as questões educacionais e turísticas.
E, mesmo com a arrecadação incerta, por conta da pandemia, estamos planejando para garantir, que seja a partir do ano que vem, os R$ 100 reais, por ano de governo, a mais no auxílio-alimentação do funcionário da prefeitura.
E, claro, falando em alimentação, o Fundo Social vem trabalhando firme para que, junto com a Assistência Social, a fome não tenha lugar. Foram entregues mais de 500 cestas de 18 de março até hoje.
Mais do que essas instituições, estamos nos aproximando de todas as entidades que fazem o bem para a cidade; ainda de forma lenta, mas sem pestanejar, estamos em amplo diálogo com clubes de serviços, lojas maçônicas, grupos religiosos, associações e todo tipo de grupo ou pessoa que quer o bem do outro. Para podermos, juntos, atender quem precisa para além do alimento do corpo, do alimento da alma; também para que novos caminhos se desenhem para os irmãos que trilham, hoje, rumos tortuosos.

O que vocês planejaram, a curto prazo, conseguiram realizar? Como estão as expectativas a respeito da gestão ao longo do tempo?
Na gestão pública, quase nada ocorre a curto prazo. As mudanças internas na Saúde, priorizando atendimento no PS (mesmo com a pandemia), bem como o início da informatização desse atendimento (prontuário eletrônico) são os primeiros passos para agilizar esse serviço público, bem como para pensarmos na dispensa de medicamentos nos bairros.
Reanalisar, recuperar recursos que estavam em suspenso também vem dando resultado, o que pode beneficiar o Turismo, o Meio Ambiente – e mesmo os R$ 500 mil que ficaram “perdidos” para as arquibancadas do Estádio Sérgio Sartor.
A estruturação de leitos de emergência e de enfermarias, algo emergente, foi realizada. O enfrentamento da pandemia, grande desafio do mundo, traz muitos desgastes e incertezas. Mas, analisando os índices municipais, que vêm dando sinais de recuperação, estamos no caminho certo.
Afinal, nossa média móvel de novos casos positivos por dia caiu, de março a 10 de abril, mais de 40% (de mais de 40 casos a menos de 25/dia); se, no mês passado, a tenda Covid atendia, em média, 86 pessoas/dia, com média de 18,5 casos positivos diários, no dia 10 de abril a média estava em 58 atendimentos (queda de 32%), com 10,4 casos positivos apenas (43% de queda).
Nesse sentido, destacar todo o trabalho da linha de frente é essencial: setores do governo e instituições privadas parceiras, juntos, são muito importantes.

Como vocês avaliam a Prefeitura primeiramente nesses 100 dias de Governo, diante da realidade de pandemia? O que comerciantes, industriários e demais setores da economia podem esperar em relação às medidas do governo municipal em seu auxílio na tão aguardada retomada?
Maria Helena: O que vimos é que, em termos de país, não formamos um conjunto, sobretudo para duas ações importantes: coordenar, em âmbito nacional, uma parada geral de atividades (ainda em 2020), combinada com auxílio-financeiro robusto, como feito em outros países.
Municípios médios e pequenos não possuem condições de repasse direto de recursos aos setores econômicos.
O amplo diálogo com muitos grupos econômicos nos ajudou a, quando necessário, apertar o nó e, quando possível, afrouxar.
Acompanhamos essas atividades diariamente, junto à ACIMA que, é justo dizer, tem estado conosco sempre, dialogando e buscando o “menos pior” de cada situação – porque ninguém queria “fechar” o comércio; porém, isso pode ter sido o diferencial, por segurar a circulação e, sobretudo, a permanência de pessoas próximas umas às outras.
A Câmara Municipal também tem trabalhado com afinco, sobretudo quando o tema é ‘Saúde’, garantindo o investimento necessário, trazendo ideias e, também, fiscalizando o correto uso do dinheiro público.
A economia depende da escala global para que o setor produtivo seja retomado, a partir da indústria. Há setores que estão em ampla produtividade, o que garante um giro econômico que vem ao comércio e sustenta parcialmente a economia local.
Em termos de governo municipal, temos que seguir os passos de ampliação do Distrito Industrial, com recursos já empenhados de 2020, e atração de mais empresas e empregos (o que já vem sendo trabalhado); trazer aos trabalhadores linhas de crédito que vem sendo oferecidas.

Deixem aqui sua mensagem aos montealtenses.
Maria Helena: A experiência de 2020 e 2021 mudou nosso modo de viver e, com ele, o de conviver com limitações que chegam a ser extremas.
Estava longe de qualquer ideia assumir a gestão da nossa amada Monte Alto em um momento tão duro, incerto. De tantos “nãos” a setores importantes da economia, com um recrudescimento pandêmico muito maior do que o já vivido nos meses anteriores.
Não existe receita que equilibre nosso maior foco, a vida humana, com as relações econômicas que, certamente, se deterioraram.
Há o governo que combate a pandemia e o que busca atender, cada vez mais perto e com mais humanização, o cidadão em outras necessidades, desde a nossa Central de Atendimento (CAC), reestruturada, até uma Ouvidoria mais próxima e um grupo que busca responder a cada ligação, email ou informação.
Aquele governo que, em campanha, se lançou em busca dos bairros, da cidade para todos, segue alinhando as ações, projetos, verbas e programas para estar, sim, em cada bairro.
A pandemia vai se dobrar à Ciência. Nós vamos vencer. E estaremos de volta com a população. Dessa vez com ações, contemplando os projetos que construímos, juntos, a cada um que nos recebeu em sua casa com críticas, desejos, sonhos e, por vezes, lágrimas.

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