Dentre os meses de janeiro e fevereiro, os funcionários do Museu de Paleontologia do município de Monte Alto saíram a campo em busca de novos fósseis para a coleção do Museu. A paleontóloga e coordenadora do Museu, Sandra Tavares, explica que esta é uma época boa para olhar as rochas em busca de ossos de dinossauros que ficaram preservados dentro delas.
Com as chuvas constantes neste período do início do ano, ocorrem muitas erosões, o que possibilita o aparecimento dos fósseis, por isso, é importante monitorar os afloramentos já conhecidos pela equipe e, quem sabe, descobrir mais ossos de dinossauros para o museu.
No entanto, muitas descobertas importantes também são feitas dentro do próprio museu: no laboratório de preparação dos fósseis. Atualmente, o funcionário mais antigo do Museu, Cledinei Aparecido Francisco, grande descobridor de fósseis desde a década dos anos 80, trabalha em uma peça que, em primeira análise, indica ser parte de uma vértebra de dinossauro.
“O trabalho no laboratório é diferente daquele que faço no campo de escavação. Aqui utilizo ferramentas como ponteirinhos e martelos bem pequenos quando comparados com as marretas e ponteiros que uso no campo para a retirada dos blocos de rocha que tem fósseis dentro” conta Cledinei.
A limpeza total do fóssil que Cledinei está preparando ainda demora um pouco, já que necessita uma prática minuciosa. “Este trabalho de laboratório é como lapidar uma joia. Minuciosamente, o que parecia ser apenas uma rocha, pode ser parte do esqueleto de um animal que viveu há milhões de anos aqui em Monte Alto e que pode ajudar e somar com o conhecimento sobre a fauna da época dos dinossauros aqui em Monte Alto” finaliza a paleontóloga Sandra.
