“Loja do Gim”: tradição em mastros juninos decorados

Trabalho foi iniciado em 1998; local é o único em Monte Alto que vende o símbolo junino
Cido e Nice, responsável pela decoração dos mastros por várias décadas na tradicional loja do Centro

 

Depois do carnaval, uma das mais tradicionais festas brasileiras são as juninas, que agitam brasileiros de norte a sul com quadrilhas, quentão, paçocas, xadrez e muita animação. Outro item indispensável são os mastros decorados com os três santos da época: Santo Antônio, São João e São Pedro. É nesse quesito que entra a Nossa Livraria, ou a “Loja do Gim”, a primeira a fazer tal decoração e, há alguns anos, local de venda exclusiva dos mastros no município.
Desde os anos 60, a tradicional loja já vendia os tecidos para a confecção do triângulo com as imagens dos santos; anos depois, e que perdurou por algum tempo, iniciaram a venda do triângulo já pronto. A história, porém, mudou, para que a forma que conhecemos atualmente, em 98. A professora, e então diretora do SESI, D. Marisa Cestari, teve participação nisso.
“Ela sempre foi uma cliente que fielmente comprava o mastro, porém, naquele ano, ela nos fez um pedido: ‘vocês não poderiam enfeitá-lo’? Aquilo era uma total novidade até então. Assumimos o compromisso e nunca mais paramos”, comenta Aparecido Clóvis Martucci, o ‘Cido do Gim’, funcionário da loja há mais de 50 anos que, juntamente com a então funcionária Cleonice Goldrin da Silva Gomes, a ‘Nice’, que lá trabalhou por 32 anos até se aposentar em 2017, eram os responsáveis por coordenar esse trabalho.
A decoração era elaborada com fitas das mais variadas cores e flores de papel crepom, trabalho que começava três meses antes do início das vendas. Com o passar dos anos, as flores artificiais também ganharam o seu espaço. “No começo dos anos 2000, tivemos um ano em que vendemos 110 mastros”, relata Cido, acrescentando que a zona rural sempre foi o maior consumidor. “No ano passado vendemos 84, o que mostra que mesmo com o passar dos anos, a tradição ainda permanece”, completa. “Reza a lenda que se a pessoa que organiza o terço falece, o seu descendente deve permanecer realizando pelos próximos sete anos; ou seja, passa literalmente de pai para filho”, comenta Nice. Hoje, o símbolo junino vendido na loja continua com a decoração manual, um a um.
Tradicionalmente, as Festas Juninas começam no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio e se encerram no dia 29 de junho, dia de São Pedro. Já nos dias 23 e 24 é celebrado o dia de São João.
HISTÓRIA – “Conhecido em Portugal como o mastro dos Santos Populares, o mastro de São João é erguido durante a festa junina para homenagear os três santos celebrados durante o mês de junho. No topo de cada mastro, são colocadas bandeirinhas que simbolizam cada santo. Segundo os católicos, o mastro relembra a passagem da história do nascimento de João Batista e da fogueira de Isabel. No entanto, historiadores acreditam que o ritual do levantamento do mastro tem a sua verdadeira origem na tradição do Maypole (em português, “Mastro de Maio” ou “Árvore de Maio”). Costume cultivado por muitos povos na Europa, o Maypole é uma forma de festejar a fertilidade e comemorar a abundância de alimentos” – Site da Biblioteca Virtual do Governo de São Paulo.

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