O Instituto Sou da Paz lançou, nesta semana, mais uma edição do Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), que mede a exposição à violência nas cidades do estado de São Paulo com mais de 50 mil habitantes. Devido à pandemia da Covid-19, pela primeira vez o índice foi calculado a partir de uma análise do primeiro semestre do ano, o que permite comparar o IECV das cidades no período com os primeiros seis meses desde 2014.
Lançado pela primeira vez em 2018, o IECV foi criado para facilitar uma avaliação que agregue várias dimensões da violência e da segurança pública no estado de São Paulo, analisando diferentes tendências criminais e permitindo uma comparação das estatísticas entre cidades e distritos policiais ao longo do tempo, permitindo a comparação do nível de exposição da população a esses crimes.
O IECV é calculado a partir da média ponderada de três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo – outros, roubo de veículo e roubo de carga). São analisados, segundo esses critérios, os 139 municípios do estado com ao menos 50 mil habitantes.
“Devido à quarentena, houve uma profunda mudança na circulação e comportamento das pessoas que afetou o fenômeno criminal, tornando necessário um olhar detalhado e uma maior atenção dos gestores públicos para o período”, comenta Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.
MONTE ALTO – A Cidade Sonho obteve um IECV Geral de 1,26, o quinto melhor do Estado; a cidade ficou atrás apenas de Tupã, Nova Odessa, São José do Rio Pardo e da campeã Matão.
“O IECV é valioso por trazer um número que resume esse conjunto de crimes e por permitir a análise de como estes indicadores criminais variam em cada um dos municípios para os quais o IECV foi calculado. A partir dessa análise, cabe ao governo do estado de São Paulo e às autoridades dos municípios implementar medidas de segurança pública e de prevenção ao crime eficazes para diminuir a exposição à violência nas cidades paulistas”, conclui Carolina.
