O Brasil enfrenta uma queda nos registros de nascimentos, conforme revelado pelos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, o país registrou apenas 2,62 milhões de nascimentos, marcando uma queda de 3,5% em comparação com o ano anterior (2,63 milhões) e alcançando o menor número desde 1977, cuja série histórica foi iniciada em 1974.
Vale destacar que este é o quarto recuo consecutivo. Para efeito de comparação, em 2018, o país registrou 2,89 milhões de nascimentos. Quando comparado aos cinco anos anteriores à pandemia do coronavírus (2015-2019), há uma queda de 11,4%.
Analisando regionalmente, as regiões Nordeste e Norte foram as mais afetadas, com quedas de 6,7% e 3,8%, respectivamente.
Além da queda nos nascimentos, outro aspecto relevante é o aumento nos divórcios e nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Em 2022, o número de divórcios aumentou em 8,6%, enquanto os casamentos entre pessoas do mesmo sexo atingiram um recorde de 11 mil.
A análise dos dados também revela uma mudança nas faixas etárias das mães que dão à luz. Embora a faixa etária de 20 a 29 anos ainda seja predominante, houve uma diminuição significativa nesse grupo ao longo dos anos.
53,1% dos nascimentos, em 2010, eram de mães nessa faixa etária, enquanto em 2022 esse número caiu para 49,2%. Além disso, houve uma queda na proporção de mães com menos de 20 anos, o que pode indicar mudanças nos padrões de planejamento familiar e acesso à educação sexual.
