O que vem com a saudade?

Famílias e amigos manifestam suas dores por mortes da COVID

Não é simples falar de saudade. Saudade nós apenas sentimos de algo que foi bom, e essa tem sido uma palavra constante nas manifestações de carinho para com as vítimas que não conseguiram sobreviver na luta contra o vírus. Os pedidos de orações têm sido cada vez mais frequentes nas redes sociais. Um passa para o outro. Da mesma fé ou diferentes, um círculo de boas energias e orações se estende por muitas pessoas, e em Monte Alto, não foi diferente. A Cidade Sonho sempre esteve muito bem acordada na solidariedade e em como confortar pessoas que perderam entes amados e queridos e essa solidariedade coletiva deve ser reconhecida, porque reforça que a empatia, apesar de todas as consequências, ainda tem um espaço na humanidade.

No Brasil, hoje quase 500 mil famílias choram por perdas insubstituíveis, de um vírus que já possui vacina. A sensação de impotência é constante para a maioria que quer apenas que esse cenário acabe logo e que tudo isso não passe de um pesadelo. Mas não é um pesadelo. É vida real, é acostumar-se com a ausência do outro, com a falta de carinho, o afeto, a presença. Nessa última semana, montealtenses choraram pela morte de jovens montealtenses, um deles deixando esposa e uma filha pequena. As constantes mortes nos fazem questionar a respeito do que deu errado em tudo isso. O esforço da saúde e da ciência para avançar nessa guerra contra o vírus tem sido uma das poucas coisas boas para acreditarmos que é possível acabarmos com isso, ou que não sofreremos mais por conta disso.

Mas viver sem a dor é inevitável, porque para quem perde, a perda é insubstituível.

O que acontece é que as pessoas se acostumam a viver sem o que um dia, foi fundamental para elas. E talvez essa seja a pior dor: tentar passar por cima de algo que se concretizou de uma forma tão real durante muito tempo, ou não tanto tempo, porque a efemeridade da vida existe e que cada momento é realmente precioso.

Muitos são os relatos das dores de pessoas que perderam suas famílias, mas uma coisa carrega uma característica: ninguém sabe quem será o próximo, já que todos estão exatamente no mesmo barco da vida e que ninguém tem isenção de sofrimento. O luto é coletivo e a situação de lidar com ele sem despedidas por serem tão repentinas, talvez expliquem os corações partidos e as UTIs como locais de acolhimento.

Por
Gabriela Amorin

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