
Para celebrar o último dia 22 de setembro com mais significado, data conhecida como ‘Dia Mundial sem carro’, foi preciso ir além do que apenas entender mais sobre práticas saudáveis. Para quem tem vontade de andar de bicicleta, mas ainda tem um receio, o casal Edvaldo Josué de Carvalho e Luciana Aparecida Ravagnani de Carvalho, casados há mais de 30 anos, conta suas experiências com a prática, que adotaram há um tempo.
Edvaldo é administrador de empresas e hoje gerencia o Packing House de cebolas do Fugita e Luciana é professora da rede municipal de ensino.
O casal também trabalha com Bike Fit, um ajuste da bike ao ciclista. “Nós pedalamos há mais de 15 anos como ciclistas de mountain bike, com a prática mais à noite e aos finais de semana. No final de 2019, compramos uma bike para a Luciana do tipo urbana, para que ela pudesse trabalhar. Como as aulas estavam remotas, Luciana retornou à prática recentemente”, contam eles.
Edvaldo adotou a prática desde novembro do ano passado. “Sempre tive carro para trabalhar por conta do meu trabalho, mas desde novembro, eu comecei a ir trabalhar de bicicleta”.
Sobre os benefícios, o casal conta que são muitos, desde o físico, até o emocional e psicológico, conforme relataram para O Imparcial. “O fato de eu ir trabalhar de bicicleta durante a semana, soma cerca de 17km por dia, e me ajudou a retomar o meu ritmo e meu condicionamento físico, o que eu estava perdendo. No mês de fevereiro, eu peguei Covid e tive complicações, fiquei internado. Eu estar bem condicionado me ajudou muito na recuperação, devido às questões respiratórias e pulmonares”, conta ele.
Luciana também vê grandes benefícios: “Eu sempre pensei na questão de irmos trabalhar com esse tipo de mobilidade com o ar e a natureza. O pedalar para nós dá uma sensação de prazer, nós gostamos muito do esporte.
Unimos o útil ao agradável: a saúde e o meio ambiente. Pedalar dá uma sensação de terapia. A gente vê que o pessoal acha interessante, porque não é uma prática muito comum. Mesmo que as pessoas tenham bicicletas, elas preferem ir de carro, então estamos incentivando outras pessoas a irem trabalhar de bicicleta”, conta ela.

Val também relatou sobre a ideia de trabalhar com o BikeFit, não só para eles, mas atendendo a clientes. “O BikeFit busca ajustar a bike de acordo com as medidas antropométricas, a característica do ciclista, as queixas, existe toda uma avaliação. Tem como princípio evitar lesões, melhorar as articulações, desenvolvimento e desempenho, ajustar as distâncias, de acordo com a flexibilidade de cada atleta. Hoje nós temos uma complementação da nossa renda com esse projeto do Bike Fit, chamado Studio Bike Fit Val Carvalho”.
E ainda complementa sobre o projeto e visão de negócio: “Receber o feedback das pessoas é muito legal e muito importante. Em Monte Alto não tinha ninguém que fizesse esse tipo de serviço. Eu vi uma oportunidade de negócio por conta da busca das pessoas, principalmente na pandemia. A prática do ciclismo aumentou, então eu comecei a fazer cursos e me profissionalizar, progredir para trazer mais resultados para os meus clientes”.
O casal também relata sobre as vantagens de pedalar em Monte Alto e na região “As pessoas podem sair e pedalar ao ar livre. Monte Alto tem um relevo que ajuda na prática de mountain bike, o que favorece muitas coisas. Temos vários trajetos que auxiliam nisso. Todos esses fatores são aliados, por conta do contato com a natureza, além da saúde. A adrenalina e as questões psicológicas e emocionais também são inclusas nesse processo”.
De acordo com o casal, o ciclismo era procurado há um tempo por um grupo de pessoas que participavam da turma do ‘Pit Bikes’, porém que agora novos integrantes vêm chegando, e ali criam vínculos de amizade, solidariedade e dicas para o próprio pedal. Além disso, é uma ótima opção para pessoas que não podem realizar exercícios de impacto. Ficou curioso para entrar nessa aventura?