

Na manhã de quarta-feira, 1º de julho, a equipe do Jornal O Imparcial foi a campo presenciar, e registrar, o que pode ser mais um achado paleontológico no município. Tudo começou na quinta-feira, 25 de junho, quando um grupo de amigos, durante passeio pela Cachoeira do Gabiru, no Jardim Eldorado, deparou-se com um fóssil preso à rocha. O montealtense Edenilson Zignani Saes, acompanhado dos amigos Reginaldo Santos e Fernando Augusto, gravou um vídeo que foi encaminhando para os profissionais do Museu de Paleontologia de Monte Alto para analise.
De posse do vídeo, a diretora do Museu, Sandra Tavares, destacou ao jornal que outro grupo, formado por Eduardo Buzinaro, Everton Rodrigo Garcia e Diego Dias Franciosi, também havia feito o mesmo – encontrado e registrado o fóssil. E, assim, todos rumaram à cachoeira no dia 1º; equipe de reportagem TV Clube também marcou presença.
CAUTELA – No local, no entanto, Sandra destacou que o achado pode não estar ligado aos Dinossauros. “A primeira impressão sobre o material é que ele não apresenta as características que estamos acostumados a encontrar nos fósseis da nossa região, por aparentemente tratar-se de concreções (acúmulo de um mineral que se difere da rocha principal pela sua coloração). No caso deste material, o que nos chamou mais a atenção foi o formato do material exposto em uma das faces do bloco de rocha. A impressão era que haviam sido preservadas partes da coluna vertebral de um animal”, comentou. “Decidimos retirar o material e levá-lo para o laboratório do Museu para analisá-lo com mais cautela e compará-lo com fósseis que coletamos em nossa região em outras ocasiões. Se realmente as análises em laboratório confirmarem que tratam-se de concreções, o material servirá de amostra para orientar as pessoas sobre a diferença entre um fóssil e as concreções formadas nas mesmas rochas em que encontramos os ossos dos dinossauros”, finalizou Sandra, que contou com o auxílio de José Augusto Bulgarelli e Cledinei Ap. Francisco, funcionários do Museu, durante o trabalho de escavação.
HISTÓRICO – Um caso semelhante ocorreu em agosto de 2017, quando o ciclista André Giacherini encontrou um novo fóssil enquanto fazia trilha pela área rural da cidade. Ele sempre gostou de fósseis e rapidamente identificou a coloração diferente da rocha; na ocasião, o achado deu positivo para Dinossauro. “André fez a coisa certa, entrou em contato com a equipe do Museu e contou sobre o seu achado” disse Cida Constâncio, diretora de Cultura, em reportagem da época. Sandra, na oportunidade, reforçou a importância da colaboração da população na busca de novos fósseis que estão por toda a região: “os maiores caçadores de fósseis são os cidadãos, principalmente aquelas pessoas que estão nas áreas rurais da nossa cidade”.
