#RESPECTRO: Dia Mundial de Conscientização do Autismo

‘Respeito para todo o espectro’ é a campanha nacional que visa ampliar o debate sobre o transtorno

O autismo, nome técnico para Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por déficit principalmente em duas grandes áreas do desenvolvimento, como a interação social e a comunicação.

O autismo é classificado em três níveis, sendo o nível 1 sua forma mais leve e o nível 3 o mais grave. O transtorno é tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento, em que há desde pessoas com outras doenças e condições associadas, nominadas como comorbidades, como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum. O diagnóstico do autista é realizado por uma base comportamental e por observações com uma equipe multidisciplinar, formada por terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, neuropediatra, dentre outros, diferente de um exame genético, como outras doenças.

A terapeuta ocupacional Monise Sanches Rodrigues, formada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, explica um pouco sobre o processo de terapia com os pacientes do espectro. “O trabalho do terapeuta ocupacional com crianças autistas é estimular as atividades de vida diária como o vestir, escovar os dentes, ir ao banheiro, a fim de melhorar a capacidade funcional e o desempenho dessas crianças”, explica ela. Monise ainda ressalta que quanto antes o tratamento é iniciado, melhor. Principalmente com foco no brincar e no desempenho ocupacional da criança.

Como mencionado anteriormente existem três níveis de autismo, que podem variar de acordo com seu grau de comprimento e em relação a funcionalidade, podendo ser mais independentes ou necessitar de mais ajuda, tanto profissional quanto da família no decorrer da vida de um paciente. “Eles também têm hiper foco em temas do seu interesse. Na série Atypical, por exemplo, o personagem autista tem uma paixão por pinguins e na outra, The Good Doctor, ele é super focado em neurociência”, ressalta a terapeuta.

Dentro do campo da Terapia Ocupacional existem muitas crianças que chegam para avaliação devido a disfunções sensoriais, um dos cursos feitos por Monise para especialização nesse processo. “Existem crianças que não são sensíveis ao barulho, apresentam dificuldades em aceitar diferentes texturas, não aceitam cortar o cabelo, muitas não sentem dor quando se machucam.

As alterações sensoriais das crianças com TEA também podem afetar seu comportamento em atividades diárias familiares, inclusive comer, dormir e rotinas de dormir; e fora de casa essas alterações podem criar problemas, por exemplo, ao viajar e participar de eventos na comunidade. Há crianças que tem muitas alterações e tem crianças que não. Cabe ressaltar que o Terapeuta Ocupacional é o principal profissional capacitado para trabalhar com essas alterações.

A fonoaudióloga Franciele Fumagali, também estudante da USP fala do processo entre o autista e a fonoaudiologia “A atuação fonoaudiológica nas crianças com autismo tem como objetivo o desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva, além de ampliar o vocabulário dessas crianças, sejam elas verbais ou não. A aquisição da linguagem é um processo importante que abrange toda a parte cognitiva do individuo. Nenhuma atividade cognitiva se desenvolve sem uma participação direta da linguagem, assim como as relações interpessoais. Quando ocorre o desenvolvimento atípico da linguagem, há uma interferência na interação social, emocional e cognitiva.”

“A linguagem é uma das alterações mais evidentes no TEA, sendo pela ausência de fala, pela presença de fala sem função comunicativa ou pelo desenvolvimento atípico de linguagem que essas crianças apresentam. Algumas das características mais marcantes na linguagem são a ecolalia, rigidez de significados e funções comunicativas. Os autistas têm dificuldades em compreender figuras de linguagem, memes ou piadas. Eles interpretam tudo de forma literal, explica a fonoaudióloga.

As pessoas com autismo também têm dificuldades na percepção de compreender emoções, apresentam alteração na prosódia e dificuldades nos níveis da linguagem, principalmente a pragmática, em expressar suas ideias, intenções, desejos e isso interfere diretamente na inclusão social.

A data do Dia Mundial de Consciência do Autismo é celebrada, anualmente, no dia 2 de abril. Essa data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas, no ano de 2007, e tem como objetivo levar informação à população a respeito desse transtorno de desenvolvimento, de forma a reduzir o preconceito e a discriminação contra os indivíduos que o apresentam.

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