Setembro Amarelo alerta para a saúde mental das crianças e adolescentes

Especialista destaca a importância do acompanhamento profissional e acolhimento

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), casos de depressão em crianças entre 6 e 12 anos aumentou de 4,5 para 8% em uma década. Com os anos de isolamento social e o período pós-pandemia, a depressão infantil foi agravada e tornou-se uma realidade para muitas crianças. Em entrevista ao Imparcial, a terapeuta e autora do guia prático da Ansiedade Infantil, Luciene Rebonato falou sobre como perceber os sinais e qual a melhor forma de lidar com a situação.

Imparcial: Quais os principais fatores que levam uma criança a desencadear sintomas de ansiedade e depressão?
Luciene: Podemos pensar em dois grandes grupos: fatores genéticos e ambientais. Crianças com histórico de transtornos emocionais na família tem uma maior chance de desenvolver um transtorno. Os fatores ambientais envolvem os fatores de risco e de proteção a que a criança está exposta (como é a sua casa, a estrutura de sua família, se tem acesso à educação e saúde, se está exposta a algum tipo de violência). O fator pandemia contribuiu demais para o aumento de casos de transtornos emocionais de crianças e adolescentes.

Imparcial: Quais os sinais dados por uma criança que está passando por problemas relacionados à saúde mental? Como os tutores podem identificar esses comportamentos?
Luciene: O principal sinal é a mudança de comportamento, em qualquer sentido. Sinais de irritabilidade e nervosismo excessivo, isolamento social, tristeza, alterações no sono e na alimentação, mau desempenho escolar. Os responsáveis devem sempre ter atenção às suas crianças e acompanhar seu desenvolvimento, conversar, saber quem são seus amigos e como se relacionam. E, ao sinal de qualquer alteração significativa de comportamento, buscar orientação e ajuda.

Imparcial: Qual a melhor forma de lidar com crianças que estejam passando por este tipo de problema?
Luciene: Acolhimento. Oferecer ajuda, se mostrar compreensivo, respeitar os sentimentos da criança, nunca desvalorizar o que ela sente e a forma como se sente. Conversar sobre emoções e sentimentos e buscar intervenção profissional se for necessário.

Imparcial: Você acha que a saúde mental infantojuvenil ainda é considerada tabu social?
Luciene: Apesar do aumento significativo no número de casos e também na procura por ajuda, muitos pais resistem em reconhecer a dificuldade emocional em seus filhos. Muitas vezes, consideram as queixas como bobagens ou uma fase que vai passar. Como saúde mental sempre é um assunto polêmico e delicado, e aqui falamos também do alto número de tentativas de suicídio entre crianças e adolescentes, é preciso desmistificar – ainda mais – este tema para que possamos ajudar cada vez mais.

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