Vértebra de titanossauro é encontrada no interior de SP

Paleontólogo montealtense Fabiano Vidoi Iori atuou na descoberta
Montealtense Fabiano Iori junto ao fóssil encontrado em Uchoa/SP

O paleontólogo montealtense Fabiano Vidoi Iori identificou como uma vértebra de titanossauro o fóssil que retirou do barranco de uma grota, em outubro, na zona rural de Uchoa, região norte do Estado de São Paulo. O osso foi levado para o Museu Paleontológico Pedro Candolo, na área urbana.
Além da divulgação por ser mais uma descoberta, o novo ‘achado’ ganhou ampla repercussão por ter acontecido justamente durante uma reportagem do “Estadão” sobre o tema. O Imparcial conversou com Fabiano que traz mais detalhes sobre o caso e a descoberta.

Jornal O Imparcial: Como e quando foi a descoberta dessa vértebra? Mais alguém esteve envolvido no processo?
Fabiano Vidoi Iori: Na região de Uchoa, fazemos buscas de novos sítios paleontológicos e prospecções sistemáticas nos sítios já descobertos. O sítio em questão foi descoberto em 2017 por José Rafael Fernandes e de lá já havíamos extraído um úmero e um metatarso de titanossauro, entre outros fósseis. Em outubro desse ano fazíamos uma dessas buscas de rotina quando o colega Leonardo Silva Paschoa deparou com uma pequena parte exposta em uma pequena parede. A equipe do “Estadão” estava fazendo uma matéria sobre dinossauros e nos acompanhou durante a escavação. O fóssil não era o foco da reportagem, mas resolveram fazer uma matéria só sobre ele.

Jornal O Imparcial: Como foi o trabalho de identificação?
Fabiano Vidoi Iori: Geralmente, quando os trabalhos científicos são divulgados na mídia, já houve a publicação em períodos especializados. Nesse caso, a notícia chegou à imprensa antes e os trabalhos descritivos estão apenas no começo.

Jornal O Imparcial: Qual o estado de preservação e as características dela?
Fabiano Vidoi Iori: Os fósseis da região de Uchoa apresentam uma preservação diferenciada e a maior parte da vértebra está preservada. Embora ainda sejam análises preliminares, sabemos que é um fóssil da região do início da cauda de um titanossauro. Ela é menor que em outros pescoçudos, resta saber se estamos lidando com um jovem ou uma espécie de tamanho reduzido.

Jornal O Imparcial: A vértebra ficará apenas em Uchoa ou existe a possibilidade de exibi-la em Monte Alto?
Fabiano Vidoi Iori: Nesse primeiro momento o material permanecerá em Uchoa para o desenvolvimento de estudos, mas nada impede que no futuro ela possa ser exibida em outras instituições.

Jornal O Imparcial: Um achado desse traz alguma novidade relacionada aos dinossauros que habitaram a região?
Fabiano Vidoi Iori: Em Monte Alto conseguimos descrever grande parte da paleofauna, com pelo menos oito espécies descritas e outras por descrever. Outras instituições, como os museus de Peirópolis e Marília por exemplo, trabalham no mesmo sentido. Em Uchoa, os trabalhos estão na fase inicial e tem muita coisa por descobrir. O estudo dos fósseis de cada região vai permitir comparações futuras e a consolidação do conhecimento científico, essa nova vértebra é mais uma peça do complexo quebra-cabeças chamado paleontologia.

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