Diários de Bicicleta

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     Esse diário, na verdade, está mais tranquilo e sem tantos acontecimentos emocionantes. Isso por que nas duas últimas semanas eu fiquei muito tempo parado em Mendoza, por conta dos meus equipamentos de inverno que demoraram muito pra chegar do Brasil. Fiquei 11 dias na casa da Luz, que como eu havia dito, é uma argentina que morou 7 meses em Araraquara, e quando voltou pra cá, me disse que eu poderia ficar na casa dela. Em Araraquara, ela era freguesa da minha empresa autônoma de brigadeiros, mas não tive a oportunidade de conhecê-la a fundo.           De vez em quando eu levava os suculentos docinhos pra ela, sabia que era uma pessoa super-buena-onda, mas a amizade até então era superficial. O que aconteceu, mais uma vez, é que os dias que passei aqui com ela foram suficientes pra que eu ganhasse mais uma grande “hermana”. 
     Nesses longos dias em Mendoza eu fiz o papel de “dona de casa”. Meu maior prazer foi não fazer quase nada, além de arrumar a casa, lavar a louça, fazer comida e dormir. Às vezes é cansativo ser turista e ficar correndo pra lá e pra cá atrás de conhecer a cidade. Esse negócio de ficar na estrada, dormindo cada dia num lugar, me faz sentir falta do aconchego de um lar, e quando eu encontro uma casinha tranquila, com boa companhia, o que mais quero é descansar e ficar curtindo a falta do que fazer. Tive muita sorte de poder conhecer a Luz de verdade, por que ela é daquelas que não fica fazendo cerimônia, e é assim que eu gosto. “Beto, você tá na sua casa, e quando eu voltar do trabalho eu quero a comida pronta”. Brincadeira, ela não me obrigou a cozinhar, mas me deixou “em casa”, e o mínimo que eu poderia fazer pra retribuir, seria deixar a casa limpa e fazer comida pra aquela “argentininha boluda”. (“Boludo (a)”: expressão muito usada aqui na Argentina para brincar com pessoas mais próximas, ou para xingar, dependendo da raiva que se sente). 
     Agora, depois de todos esses dias descansando, finalmente eu me meti no meio do “monstro”. Sai de Mendoza na última sexta feira e pedalei até Potrerillos, uma vilazinha de 2 mil habitantes que fica na pré-cordilheira, ou seja, nas montanhas que antecedem a verdadeira cordilheira. São montanhas mais novas, por isso ganharam esse nome, mas é necessário cruzá-las pra poder chegar até o “passo”, que é o ponto mais alto, o ponto onde eu tanto quero chegar, a 3000 e tantos metros de altitude, na fronteira com o Chile. Em Potrerillos eu passei uma noite, num quartinho que aluguei de um rapaz chamado Paco, outra figura rara. Foi bom conhecê-lo, pois, além de ter um filho de 6 anos que parece ser de outro planeta, também pude trocar várias dicas fotográficas com ele e pedir informações sobre os quilômetros que me esperam montanha acima. Me contou também sobre suas experiências pelo deserto, onde passou alguns dias caminhando, que loucura. Passamos a noite vendo mapa, tirando foto, fazendo vídeos e brincando com o seu filho, Mateo, que tem uma sensibilidade para falar as coisas e uma inteligência para fazer piadas, que é impressionante. No dia seguinte tomamos um café, me despedi, ganhei uns 10 beijos e abraços do pequeno Mateo (se eu pedisse 400, ele daria) e segui, sentido Uspallata. 
     Um bom dia a todos, que passem muito bem e fiquem com Deus! Um beijo grande!                                    Beto!

 

 

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