Diários de Bicicleta

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Ufa!! Banho tomado!! Os dois últimos diários  resumem um pouco do que eu senti nesses dias empanados com areia. Depois de tudo, descansei por 3 dias na casa desse casal lindo que é o Felipe e a Glória. O que eu fiz nesses dias? Nada. Fiquei dentro de casa, com as pernas de molho. Recepção maravilhosa, atenção redobrada, cerveja pra brindar o encontro, comida preparada com carinho e muita conversa. Agradeço demais pela força que vocês deram, não teria graça chegar de um trecho tão desgastante e ficar 3 dias sozinho num hotel. 
Sai de Antofagasta cedinho e pedalei até Sierra Gorda, um povoado perdido no deserto. Foram 145km, subindo de 0 a 1660 metros, na companhia de um vento muito gente boa.  Mais uma vez estou subindo a cordilheira, mas agora sentido leste, olhando pra Bolívia, onde o frio será o mais pesado da viagem, sem dúvidas. Lá as altitudes passam de 4000 m.s.n.m, e o frio nem se fala.
Segui viagem flutuando, seguro de que eu não estava sozinho, pelo contrário, tinha um monte de gente boa ali comigo. Pedalei muito, nesse dia, incansavelmente, queria seguir, ir longe. Estava preparado pra dormir mais uma noite na barraca, mas de repente apareceu uma placa mostrando que Sierra Gorda estava a 20km, então, optei por uma caminha quente e apertei o pedal. No dia seguinte pedalei 75km, até chegar a Calama, que está a 2200 m.s.n.m. A viagem desse dia foi 50% mais curta e duas vezes mais cansativa que a do dia anterior. O vento virou a direção, a estrada estava movimentada, alguns trechos sem acostamento, e tudo isso com um toque bem gostoso de subida. Fiquei um pouco sem paciência nesse dia, por que eu me iludi psicologicamente, achando que a viagem seria rápida e tranquila, e isso não se faz. Jamais posso esperar que a viagem vai ser fácil, por que quando aparecem contratempos, a cabeça cansa, então, o negócio é estar sempre preparado pro pior, ou simplesmente, esperando qualquer coisa. É uma boa lição pra vida, de que devemos ter calma na luta, esperando, de peito aberto, qualquer coisa que possa estar por vir.
Cheguei em Calama só no fim da tarde e fui pra rodoviária encontrar a Fer, de Los Vilos, que veio pro norte viajar comigo nessa onda de emoções.  Dormimos uma noite na casa do seu primo Rodolfo e no dia seguinte fomos pra San Pedro de Atacama. Como San Pedro fica fora de mão, fizemos um bate-volta de ônibus. Passamos o final de semana naquela vilazinha rústica e turística, em meio a uma infinidade de lugares preciosos, desenhados pelo criador de tudo, com muita calma e inspiração. Gente do mundo inteiro, conversando em tudo quanto é tipo de língua, japonês, inglês, francês, italiano, espanhol, neerlandês, e eu, me comunicando com meu humilde espanhol. 
Ontem voltamos pra Calama, e agora estamos seguimos viagem até Chiu-Chiu, eu de bike e a Fer de carona. Os próximos, sei lá, 700km, serão de estrada de terra ruim, altitude, deserto e muito, mas muito frio, coisa de 10 a 20 graus negativos. Conheci um rapaz que fez a mesma rota, o Thiago Fantinatti, e ele está me dando várias informações úteis, o que me ajuda muito a planejar tudo bonitinho. 
Bom gente, é isso ai, partes desse texto foram escritas dentro da barraca, outras na calçada, e agora termino de escrever com certa pressa, pois estou num lan house e tenho que pedalar.  
Que estejam muito bem, sempre! Um grande beijo a todos os amigos e familiares!
Beto!
 

 

 

 

 

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