Diários de Bicicleta

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Semana 2

 

Semana 02:

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Essa semana foi tranquila. Já que fiquei a semana toda em Maringá, pude descansar e deixar o coração tranquilo na companhia das pessoas que eu estava com saudade. Sai de Londrina na segunda as 7h00 e cheguei em Maringá as 13h30. A viagem foi muito rápida, mesmo com um pneu furado, cheguei ‘zerobala’. Parece que eu queria tanto chegar que os ventos resolveram soprar nas nádegas !!!

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O primeiro dia foi de comemoração, com direito a cerveja e banho de esguicho na calçada. Revi todo mundo na “A Rã K Saia”, república onde morei. Muita risada, música boa, novas histórias, novidades sobre a vida de cada um, muita gente se formando, outros lutando pra isso, alguns mudando de estado, de país, mas todos correndo atrás dos sonhos. Foi muito bom voltar pra lá depois de quase um ano e ver que muita coisa mudou, e outras continuam idênticas.

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Na terça feira eu ganhei um presentão: Um almoço árabe na casa da Bruna Delgado, minha parceirassa, que pediu a mãe dela que fizesse o almoço temático só por que eu sou turco! =) Nem tenho como agradecer pelo convite, foi realmente muito bom! Na quarta feira fui ao Rotary, onde pude expor o meu projeto pela primeira vez. Não tive muito tempo para entrar em detalhes, mas fui muito bem recebido pelo pessoal e consegui mostrar quais são as minhas intenções.

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O restante dos dias foi de descanso e reencontros, fui ao Restaurante Universitário rever os funcionários que me alimentaram durante os 4 anos de faculdade, pelos quais eu tenho muito respeito. Fiz visitas, almocei também na casa do meu querido Petros, ganhei um almoço da Emily (que preparou o melhor macarrão que já comi), recebi uma carta da Leticia, ganhei escapulários de proteção da Malu, do Petros, do Fernandinho, do Jhonny e da Emily, enfim, muitos gestos que me só me enchem o peito de alegria e me dão força!

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No último dia em Maringá o coração ficou um pouco dolorido, confesso. Rezei bastante, pedi sabedoria, pra encarar esse sentimento da melhor maneira possível, afinal, ele vai aflorar em vários momentos da viagem, a cada despedida. Não adianta querer fugir dele, então, que ele seja gostoso. Saí de Maringá segunda feira, as 9h30, depois de tomar um café da manhã delicioso em um hotel da cidade (coisa que nunca havíamos feito, mas a ocasião da despedida pediu algo especial pra celebrar). Saí do hotel pedalando na chuva e gritando, gritando que nem louco e recebendo gritos de resposta dos grandes amigos que ficaram pra trás com as mãos para o alto. Parei, liguei pra minha mãe pra falar parabéns, não consegui falar muito, a garganta deu um nó que travou tudo. Segui na chuva, com um pouco de frio, mas eu estava feliz. Estou aprendendo a gostar desse sentimento de angústia da despedida. Esse sentimento só não existiria se não existisse amor, é a consequência dos momentos felizes, que acabam e dão espaço pra novos sentimentos, novos momentos, novas pessoas!

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E assim foi durante todo o dia: pedal, chuva, vento, subidas, choro, preces, cantoria e agradecimentos. Quando estava quase chegando em Marilândia do Sul, cheguei numa microcidade chamada Califórnia. Quanta emoção, enfim, estou na Califórnia. E o melhor de tudo, nem precisei de visto e nem daquelas burocracias insuportáveis que o Tio San exige! Assim que entrei na cidade, o Rian se aproximou com sua bicicletinha toda suja de barro e começou a pedalar ao meu lado, sem dizer nada. Perguntei seu nome e ai a conversa fluiu. Ele tem 10 anos, adora andar de bike e ficou maluco quando viu minha bicicleta cheia de trambolhos. Paramos na placa da cidade para tirar fotos, ficamos trocando ideias e ele me levou pra comer uma coxinha. Comemos, e continuamos o passeio pela Califa.  Me levou, todo animado, pra conhecer a cidade, a praça, a igreja, a estátua de Maria e Jesus, e por fim, agradeci e nos despedimos na saída da cidade. Agradeço muito ao meu guia mirim, que cresça muito feliz e pedale pra sempre.

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Dali segui viagem até Marilândia do Sul, já estava no fim da tarde e eu ainda precisava encontrar o Iderson (Idi), amigo de um amigo, que eu ainda não conhecia. Cheguei na cidadezinha de 7 mil habitantes e sai perguntando por ele. A segunda pessoa indagada já me explicou onde ficava a sua casa. Cheguei no portão e fui recebido por D. Conceição e D. Rita, mãe e avó, que não sabiam que eu chegaria, o Idi esqueceu de avisar. Elas não entenderam muito bem, mas me deixaram entrar. Lavei minhas roupas, tomei banho, conheci o Idi, que só chegou depois, jantamos e dormimos. Fui tão bem recebido que resolvi ficar mais um dia!

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Marilândia é uma delícia, extremamente calma, no meio de montanhas que podem ser vistas em qualquer canto da cidade, basta olhar pro horizonte. Fiquei aqui pra conhecer melhor a cidade e principalmente um castelo que existe aqui, que é cheio dos mistérios. Hoje no fim da tarde vou pra lá tirar umas fotos. Amanhã sigo mais 90km de viagem sentido Ortigueira, lá eu ainda não tenho onde ficar, mas estarei acompanhado pelo Henrique Camini (Que me colocou aqui na casa do Idi), que vem de Maringá pra cá com a sua bike, presa no carro, e vai pedalar esses 90km comigo. Passarei esse final de semana em Ponta Grossa, na casa da minha amiga Lorene, que já me ofereceu abrigo e até uma ceia de natal familiar. Não sei não, mas acho que não vou negar o convite.

 

É isso ai meu povo, que a próxima semana continue nessa onda, pois, ela está muito forte e cheia de boas intenções.

Fiquem bem, um beijo grande a todos!
 

Beto.

 

 

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