Diários de Bicileta

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Gente, tô ficando doido. Não tô conseguindo descrever exatamente o que sinto. Já apaguei esse diário umas quatro vezes. Mas agora vou na Fé, o que sair do coração nesse momento é que vai ficar guardado pra sempre. Não vou nem ficar medindo muito as palavras, além de que, tenho pouco tempo pra escrever, então, convido a todos a entrarem numa viagem de sentimentos aflorados e sem repressão.
Tô parecendo um louco, num quarto de hotel, com o coração bombando, coçando a cabeça, enrolando o cabelo, olhando pro alto pra falar com o Paizão, trocando de música, com todas as minhas coisas desarrumadas pelo chão, e eu aqui, sentado na cama, barbudo e cabeludo, buscando inspiração sei lá de onde, pra poder passar pra vocês o que sinto. 
Vou logo adiantar que nem todas as histórias dessas duas semanas são lindas-maravilhosas. Pela primeira vez fui roubado. Sim, verdade, mas foi um assalto ridículo, engraçado e misterioso, e eu não via a hora de descrevê-lo a vocês. 
Confesso também que esse deserto está me desafiando. Tenho lutado contra a ansiedade. Uma ansiedade que eu sinto quando penso no que está por vir, nos trechos onde não existe nada, só a estrada, muita areia, e qualquer coisa que se possa imaginar. Sim, estou falando de discos voadores, seres alienígenas, Jesus Cristo, qualquer coisa que possa aparecer. 
Amanhã eu começo a travessia dos 400km, entre Chañaral e Antofagasta. Vou terminar esse diário e vou ao mercado, fazer as compras de comida para os 4 dias de estrada que me esperam. Tenho rezado muito, pra aceitar o sentimento, seja ele qual for, sem aflição nem ansiedade. Se for pra sentir medo, que eu sinta medo, mas ciente de que isso é só mais um desafio, uma etapa, e se fosse fácil, não teria graça.  Outra coisa: Não se preocupem, o negócio não é tão louco como parece. Não vou me jogar no meio do deserto sem saber pra onde vou. O que acontece é que existem trechos muito longos onde não existe nada, mas estarei numa estrada, onde passam carros e caminhões, que sem dúvidas, vão me ajudar com água ou com qualquer coisa que precisar. O desafio será permanecer alguns dias sem nenhum tipo de estrutura, dormindo no meio do nada e fazendo cocô no chão, só isso.
Outro remédio pra tudo isso tem sido a imaginação.  Tenho aproveitado essa onda de sentimentos aflorados, pra pensar nesse “mundão véio” em que vivemos, pra inventar um mundo que não existe, pelo menos por enquanto. Tenho visto toda essa linda revolução que está acontecendo no Brasil, e isso tem me deixado mais maluco ainda, cheio de saudades e orgulho de ser brasileiro. Vontade de estar ai com vocês, gritando, batucando, sentindo isso tudo de perto. Então, já que eu não posso, eu mando minhas energias positivas daqui de longe, com toda a esperança que possa existir, esperança num mundo melhor e mais livre (independente de opiniões políticas, eu só espero que isso tudo nos traga bons resultados, e não uma guerra, pelo amor de Deus). 
O amor e a esperança é quem nos conduz….
Um grande beijo a todos. Tomem banho por mim nos próximos 4 dias…  =)    

Beto! 

 

 

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